A infância é a fase da vida humana que traz consigo a potência de aprender e criar, baseia sua essência no brincar. Das diversas vertentes do brincar, é na perspectiva do Brincar Heurístico que este trabalho se constitui, trazendo as descobertas de professores das infâncias sobre a forma genuína das crianças aprenderem. Essa abordagem, ainda pouco discutida no Brasil, evidencia a liberdade do brincar, ou seja, a criança brinca livremente, e enquanto brinca, descobre, explora, cria e aprende, sendo protagonista das suas próprias escolhas e descobertas, passando assim, a compreender o mundo a sua volta. O brincar heurístico, que tem como forte característica a oferta de materiais não-estruturados ou materiais inteligentes e o livre brincar sem intervenção do educador, garante o direito a participação efetiva da criança, presente na Base Nacional Comum Curricular como um dos seis direitos de desenvolvimento e aprendizagem. Considerando isto, após alguns estudos sobre a prática com territórios de aprendizagens em Formações continuadas pela Secretaria de Educação de Campina Grande-PB, nos vimos inspiradas a experimentar este trabalho na turma do maternal II B da Creche Muncipal Walnyza Borborema Cunha Lima. A perspectiva dos Territórios envolve intencionalidade ao planejar ambientes lúdicos e estéticos que irão proporcionar investigação, descobertas e participação ativa e direta das crianças. Assim, em meados do mês de abril estruturamos pela referida creche alguns territórios onde pudemos observar, as interações, formas de brincar espontâneo e as descobertas que as crianças fazem em um espaço que potencializa suas aprendizagens. Para tanto nos referenciamos na abordagem Reggio Emília, criada por Loris Malaguzzi que acreditava no ambiente como terceiro educador, na Pedagogia da escuta que observa atentamente o interesse da criança, em uma prática que as enxerga como ser competente, ativo e capaz. Nesse contexto observamos a potência dos territórios para o desenvolvimento das aprendizagens.