Com o crescimento do acesso ao Ensino Superior (ES) há uma preocupação com os índices de evasão dos estudantes nas instituições públicas e privadas. Por uma relação precária com a instituição, muitos estudantes possuem dificuldade em se integrarem à universidade, o que influencia na tomada de decisão de evasão. A integração social consiste nas relações informais estabelecidas pelos estudantes com os professores, pares e outros funcionários. Estudantes isolados representam um público vulnerável por uma carência de acesso a rede de recursos para um bom desempenho acadêmico. O presente estudo descreve os padrões de interação entre estudantes de ciências humanas de acordo com gênero, raça e classe social. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo com delineamento descritivo. A amostra foi composta por um total de oito turmas do segundo semestre divididas por: curso (Direito e Psicologia) e turno (manhã e noite) de duas universidades privadas de dois municípios do Rio de Janeiro. Os instrumentos utilizados foram: o Questionário Sociodemográfico; Itens da Dimensão Intenção de Abandono da Escala de Ajustamento ao Ensino Superior (EAJES); e o Mapeamento de Redes, composto por perguntas sobre as redes sociais de amizade, de informação sobre o curso, de tarefas acadêmicas, de entretenimento e de confiança. A coleta de dados foi realizada de forma presencial e o questionário foi preenchido de forma online. Os resultados apresentaram a formação dos subgrupos nas redes sociais informais influenciada por atributos sociodemográficos semelhantes; A diferença de nível de integração social associada a raça e classe social dos estudantes; e o nível de interação entre subgrupos associado a intenção de evasão dos estudantes. Tais resultados dialogam com a literatura pela associação entre integração social, a concorrência do curso e a natureza dos laços; e a relação entre classe social e a integração dos estudantes nas restrições de vivências informais para socialização.