Este artigo aborda aspectos relevantes a respeito do contexto socioambiental apresentado ao rio Paraim, no tocante às questões de assoreamento e os impactos que são ocasionados por meio desta problemática. Este rio é a única fonte superficial de água doce, responsável por abastecer inúmeras comunidades ao longo do seu curso e, desta forma, estudos que sirvam de base para o desenvolvimento de estratégias racionais, capazes de minimizar e/ou cessar o assoreamento deste rio são fundamentais para a recuperação de um bem natural, primordial para a sobrevivência de todos que, direta e indiretamente se beneficiam das suas águas. A pesquisa objetivou identificar os impactos socioambientais ocasionados pelo assoreamento do Rio aos moradores ribeirinhos e as principais causas e consequências nas localidades do Paraim de Cima ao Barreirão, localizadas em baixo curso, além disso, caracterizar as ações desenvolvidas pelos moradores e gestão municipal para prevenção e/ou mitigação dos impactos ambientais no rio. A metodologia aplicada foi o estudo de caso, onde foram analisados fotografias e relatos dos ribeirinhos acerca da problemática existente. Comunidades que se situam mais distante das nascentes, já sofrem anualmente pela ausência da água em determinados trechos. Pois, além das questões de degradação das matas ciliares, interferência da lagoa e assoreamento do rio, a região também é prejudicada pela falta de chuva anual, onde os limites de chuva são abaixo do esperado durante os meses de junho a outubro, não conseguindo armazenar água para aumento dos fluxos nas nascentes e, consequentemente, não tendo uma permanência de vazão de água durante o ano todo para as comunidades mais distantes. O assoreamento do rio tem ocasionado a redução do fluxo natural da água, estreitamento das margens e, consequentemente, afetado no modo de vida dos ribeirinhos.