Desde da Idade Média até o advento dos ideais liberalistas a partir de meados do século XVIII a sociedade passou por significativas mudanças sociais, políticas e econômicas na construção de ações afirmativas voltadas para a inclusão de indivíduos com algum tipo de deficiência nas instituições de ensino, cujos reflexos contemporâneos, no Brasil, estão respaldados na Constituição Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e na Política Nacional de Educação Especial de 2020, fazendo com que a Educação Especial se consolide como uma modalidade de ensino direcionada ao atendimento de educandos com necessidades educacionais específicas. Partindo deste contexto, o presente artigo visa apresentar uma pesquisa de campo que objetiva analisar as percepções do corpo docente de uma escola estadual de nível médio profissionalizante situada na região do Cariri, sertão do estado do Ceará, quanto aos desafios e conquistas da Educação Especial. Para tanto, visando subsidiar os estudos para a construção da referida pesquisa utilizou-se como fundamentação teórica as obras-chave “Educação Especial” de Maria Angela Monteiro Corrêa (2010), doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas e “Formação de professores e educação especial: o que é necessário saber?” organizada pelas autoras Adenize Queiroz de Farias e Munique Massaro (2021). Além disso, metodologicamente, este trabalho é de natureza básica, com uma abordagem qualitativa e de caráter exploratório. Por fim, em relação aos principais resultados e discursões, tornou-se possível considerar a partir das percepções coletadas com os docentes entrevistados que a Educação Especial e a promoção de suas prerrogativas legislativas é um obstáculo escolar interdisciplinar, uma vez que a integração entre os componentes curriculares (disciplinas) se faz necessário, mas que não existem métodos de inclusão comuns à todas as áreas do conhecimento, sendo essencial, por exemplo, uma adaptação de instrumentos avaliativos e de metodologias de ensino.