A tradição literária, sob a influência da cultura patriarcal, tem perpetuado a repetição de estereótipos quanto à representação de personagens femininas. Basicamente, três estereótipos foram criados: a mulher sedutora, a bruxa ou megera e a mulher anjo, sendo que apenas este último traria uma conotação positiva para a personagem. Neste trabalho, exploramos os três principais estereótipos femininos criados e como eles são representados no romance Orgulho e preconceito, da escritora inglesa Jane Austen. Observamos também como ela rompe como a repetição de modelos femininos por meio da protagonista da narrativa sem que ela seja taxada negativamente. Com isso, concluímos que, com essa obra, a autora questiona a imposição da repetição de modelos femininos na literatura e a tentativa de homogeneização da mulher por parte da cultura patriarcal, propondo uma representação alternativa.