Diante dos constantes ataques ao meio ambiente ocasionando o desequilíbrio dos ecossistemas e prejudicando a qualidade do ar, água, solo, alimentação e saúde ao redor do mundo, foi necessário repensar e refletir sobre o modo que os seres humanos se relacionam com a natureza. Portanto a educação passou a abordar as questões ambientais através dos projetos de leis e resoluções que estimulassem a promoção da Educação Ambiental (EA) no currículo escolar. Dessa maneira, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional e a Política Nacional de Educação Ambiental garantem a existência das orientações que devem constar nos documentos norteadores para garantir o direito ao acesso à EA em todos os níveis da Educação Básica. Compreender como foi representada a EA nos documentos norteadores, permitirá entender o papel do currículo, da escola e do professor na escola. A busca para envolver a EA nas instituições de ensino pode ser compreendida por várias macrotendências, as que mais predominam no Brasil são: conservacionista, pragmática e crítica. Esse trabalho tem por objetivo compreender de que forma a EA está retratada nas três versões da Base Nacional Comum Curricular, compreendendo a influência desses documentos para a construção e desenvolvimento da EA no currículo escolar para o Ensino Médio, na área da Ciência da Natureza e/ou Química. A metodologia utilizada foi a análise de conteúdo da Bardin (2016); as categorias e indicadores foram estabelecidos considerando a perspectiva crítica da EA segundo Tozoni-Reis (2008). No resultado foi possível observar o avanços e retrocessos na inserção da EA nos documentos norteadores, além dos pontos em comum presente nas três versões da BNCC, como o incentivo a interdisciplinaridade e o desestimulo a continuidade e efetividade das ações ambientais durante o ano letivo.