A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) afeta indivíduos de variados estratos sociais e faixas etárias. Comumente, atribui-se um maior valor para a prevenção da doença na população jovem e adulta, em detrimento da população idosa. A elevação da ocorrência da condição em idosos começa a representar um problema de saúde pública no Brasil, devido ao envelhecimento dos indivíduos infectados e ao surgimento de novos casos. Assim, é imprescindível a realização de estudos que investiguem as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), na população idosa, são imprescindíveis para compreender a situação no país e contribuir na formulação de políticas públicas que visem à promoção de saúde neste público. O objetivo deste trabalho é avaliar o perfil epidemiológico dos casos de HIV na população idosa e os fatores relacionados. Este trabalho é um estudo epidemiológico ecológico construído, através de dados do Departamento de Informática do SUS do período de 2012 a 2022, utilizando dados da população de sessenta anos ou mais. As variáveis aplicadas, foram: ano de notificação, região de notificação, sexo e escolaridade. Houve acréscimo progressivo e singelo nas notificações de 2012 até 2017, demonstrando uma diminuição nos anos subsequentes. A notificação é menor no grupo a partir de sessenta anos, comparando a outras faixas etárias. Observa-se uma maior quantidade de casos na região Sudeste, tanto na faixa etária em análise quanto na população geral. A região Nordeste apresenta a menor quantidade de casos em idosos e a segunda menor quantidade de casos na população geral. O público masculino é o mais acometido pela doença em todas as faixas etárias. A menor quantidade de casos na faixa etária é observada nas categorias ensino superior completo e incompleto. Nesse contexto, é imprescindível o direcionamento do olhar para as ISTs na população idosa, a fim de auxiliar na assistência à saúde desse público.