Viver as perdas é uma experiência dolorosa, especialmente quando há a ameaça da morte, o que normalmente poderá se apresentar como uma situação de difícil elaboração. É importante compreender como os cuidados paliativos se caracterizam, ao longo da evolução da história, como ação terapêutica, e, no cuidado com o luto, destacando o antecipatório. Nesse sentido, faz-se importante refletir sobre a forma peculiar como o paciente e familiares processam psiquicamente a experiência do luto antecipatório, uma vez que poderá ser uma vivência traumática. OBJETIVO GERAL: Identificar possíveis implicações do luto antecipatório à luz da psicanálise e abordagem de cuidados paliativos, acerca do paciente e familiares no diagnóstico de doenças graves e ameaçadoras da vida. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa teórica em psicanálise a partir dos temas, luto antecipatório, psicanálise e cuidados paliativos. Foram realizadas leituras bibliográficas que distinguissem conceitualmente o luto natural e o luto complicado quanto aos questionamentos sobre o luto antecipatório entre a investigação clínica e produção teórica. RESULTADOS: Para dar sustentação à teoria traremos fragmentos clínicos ao argumento teórico. Tais fragmentos advieram da experiência clínica tecida de reflexões em alguns dos atendimentos de acompanhamento do luto. CONCLUSÃO: O cuidado é uma imperiosa oportunidade que a equipe dispõe, para apoiar e oferecer condições humanas e acolhedoras no processo do morrer. Em Thiago de Melo, uma frase dá luz e ele diz que “não existe caminho novo, o que há de novo é o jeito de caminhar”.