A Bacia Sedimentar do Araripe no Cariri cearense vem consolidar essa região como um importante eixo para a economia do Nordeste e uma referência para pesquisadores no cenário nacional e internacional. A razão para justificar essa posição de destaque são as formações geológicas e achados fósseis singulares. Além disso, uma parte dos municípios da região se localiza no entorno da Chapada do Araripe, onde se encontra a exuberante Floresta Nacional do Araripe (FLONA). O Cariri possui também, vestígios do homem primitivo e um conjunto de manifestações culturais peculiares. Sem dúvida, a proposta da Bacia Sedimentar do Araripe se constitui um campo de interesse para pesquisa em Geografia. Sendo assim, o objetivo desse artigo é realizar uma análise a respeito de como se processa o trabalho de campo no ensino de Geografia na segunda fase do Ensino Fundamental no Instituto José Bernardino, discutindo a eficácia deste instrumento de ensino para dinamizar as aulas de Geografia e programar a relação teoria e prática complementando assim o ensino de Geografia Física com base na Bacia Sedimentar do Araripe. Por meio de aulas de campo, foi possível mostrar as potencialidades e problemáticas encontradas na Bacia Sedimentar do Araripe. No nosso caso, seria incoerente ensinar geografia para os alunos da referida escola, sem mencionar o valor da biodiversidade da Bacia Sedimentar do Araripe ou sem questionar a problemática ambiental que envolve as cidades, uma vez que a cidade de Barbalha encontra-se inserida na mencionada Bacia. Assim, a proposta deste trabalho é contribuir para a superação das dificuldades no ensino de uma Geografia em constante movimento e que contribua para o entendimento mais crítico do espaço, das sociedades e do ambiente, reconhecendo e compreendendo o papel da dinâmica da natureza, através de conceitos e categorias geográficas que possibilitem uma aproximação dos alunos à realidade vivida.