Introdução: O processo de envelhecimento se desenrola de forma progressiva e envolve uma variedade de transformações morfológicas, regulatórias, bioquímicas e psicológicas, influenciados por um conjunto de fatores ambientais, como estilo de vida e hábitos de saúde. Consequentemente, essa combinação de elementos pode resultar no desenvolvimento de doenças crônicas que estão associadas à experiência da dor. Objetivo: avaliar a associação entre a presença de dor e aspectos da saúde em pessoas idosas atendidas na Atenção Primária à Saúde. Métodos: abordagem quantitativa, transversal e analítica, realizado no período de 2017 a 2018, com pessoas idosas atendidas na Atenção Primária à Saúde das cidades de Natal e Santa Cruz, no Rio Grande do Norte. Foram feitas entrevistas utilizando instrumentos para mensurar o estado de saúde dos participantes e nível de dor, relacionando seus resultados por meio de estatística descritiva. Resultados: a maioria dos que possuíam maior renda relataram presença de dor (62,7%/ p=0,035), 100% dos indivíduos pesquisados sentiam dor e tinham sentido na última semana (p<0,001), 79,5% dos participantes eram portadores de doenças crônicas e relataram sentir dor. Com relação ao uso de medicamentos, 85,5% fazem uso de fármacos e apresentam dor, 51,8% dos entrevistados tinham sintomas depressivos associados com a presença da dor, essa presença também demonstrou piores índices de qualidade de vida em 56,6% dos entrevistados. Conclusão: Verificou-se uma associação entre dor e sintomas depressivos, assim como uma associação entre maior renda e presença de dor. Portanto, é essencial adotar uma abordagem abrangente e eficaz para atender às demandas de saúde da população idosa, com a Atenção Primária à Saúde desempenhando um papel fundamental na detecção precoce de dor crônica e deterioração da saúde física e mental.