Definida como perda involuntária de urina, a Incontinência Urinária (IU) faz parte das grandes síndromes geriátricas, sendo mais prevalente em idosos e em mulheres, a IU pode ser classificada em 5 tipos: IU de esforço, urgência, mista, funcional e por transbordamento. Apesar de não ser fatal, essa síndrome é acompanhada de altos níveis de estresse e constrangimento. Estudos demonstram que a IU além de afetar a qualidade de vida tem grande impacto na saúde mental da pessoa idosa e tem sido associada a depressão, baixa autoestima, ansiedade e problemas cognitivos. O objetivo deste estudo é apresentar o impacto da Incontinência Urinária na saúde mental dos idosos. A metodologia utilizada foi uma revisão de literatura com os seguintes descritores “Incontinência urinária”, “saúde mental” e “idosos” por meio de fontes indexadas nas bases de dados da MEDLINE, SCIELO e BVS no período de 2018 a junho de 2023. Como critério de inclusão, foram selecionados 10 artigos que estavam completos para leitura. Nesse viés, a IU em idosos é frequentemente atrelada com uma consequência natural do envelhecimento e devido a um sentimento de vergonha afeta a progressão da doença, uma vez que é raramente relatada nas consultas médicas, potencializando ainda mais as interferências psicológicas. Assim, a perda involuntária de urina em idosos é incômoda, de modo que os indivíduos incontinentes experimentam sentimentos de frustração e constrangimento como resultado de sua condição, pois diminui a independência funcional, aumenta a fragilidade e repercute em problemas de higiene. Isso também pode ser observado no isolamento auto imposto, afetando gravemente a interação social normal e as atividades de lazer, perda de autoconfiança e diminuição da vida sexual, restringindo os prazeres da vida e atraindo solidão, o que repercute em condições psicossociais como ansiedade e depressão.