A ausência da família de muitos idosos, em datas comemorativas e no dia a dia, bem como o abandono total por parte de alguns, evidencia a dor, a tristeza, a melancolia e a depressão dos idosos. Mesmo com todo trabalho das Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI’s) através de seus psicólogos, cuidadores de idosos e toda equipe multidisciplinar esse quadro é verídico. O estudo objetivou-se descrever um relato de experiência de uma visita técnica em uma ILPI por estudantes do Curso Técnico em Cuidados de Idosos do Centro Profissional e Tecnológico - Escola Técnica de Saúde, na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa no Estado da Paraíba. O relato de experiência foi proveniente do componente curricular Agravos e doenças que acometem a pessoa idosa, do curso citado anteriormente. Foi possível observar pessoas idosas, de ambos os sexos, solitárias em seus quartos, visivelmente tristes, apáticas, outras totalmente caladas com olhar distante em suas poltronas confortáveis, mesmo com muitas pessoas ao redor para cuidar e assisti-los. Foi realizado um diálogo e levantado algumas indagações com alguns cuidadores, psicólogos e dirigentes da ILPI, a respeito das visitas dos familiares, e infelizmente a resposta foi negativa para essa situação. A visita técnica promoveu um aprendizado de forma ativa, desenvolvendo um pensamento crítico e reflexivo, com melhor compreensão do processo de institucionalização da pessoa idosa. Também é necessária uma intervenção por parte dos órgãos e instituições envolvidas, no que concerne a acionar e conversar com os familiares desses idosos institucionalizados, indicando a necessidade do contato com os mesmos a fim de que o vínculo entre eles não seja esquecido e sim restabelecido, e o idoso volte a se sentir querido e amado.