Introdução: os Cuidados Paliativos (CP) surgem como uma base de princípios para prevenção e alívio do sofrimento, em pacientes e familiares, promovendo qualidade de vida através do suporte de uma equipe multidisciplinar qualificada em paliação. Referencial teórico: o médico paliativista tem o dever de fortalecer a comunicação, confiança e vínculo, transmitindo diagnósticos e compartilhando estratégias terapêuticas de forma clara e empática, respeitando a autonomia do paciente. Na Unidade de Terapia Intensiva, cujo perfil clínico é formado predominantemente por pacientes do sexo masculino e idosos, o médico deverá atuar pautado na ética e na integralidade da assistência nos diferentes níveis de atenção, com responsabilidade social e compromisso com a cidadania. Metodologia: esse estudo se trata de uma revisão do tipo integrativa, com levantamento na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os seguintes termos nos Descritores em Ciências da Saúde e suas combinações com o operador boleano AND, da seguinte forma: [Cuidados Paliativos] AND [Unidade de terapia intensiva] AND [Cuidados médicos]. Foram incluídos artigos publicados entre 2018 e 2022, nos idiomas português e inglês. Após a pesquisa foram excluídos artigos que apresentaram duplicidade e fuga do tema. Resultados e Discussão: observou-se que as barreiras para implementação dos CP incluem a percepção errônea de cuidados intensivos e paliativos como processos sequenciais de interesses divergentes, e não complementares e simultâneos. Em se tratando dos idosos, a fragilidade pré-hospitalar dos mesmos quando gravemente enfermos, pode ser um gatilho para CP durante a doença crítica. Esse artigo reforça a importância do papel do médico no cuidado integral do paciente em terapia intensiva com doença sem possibilidade de cura, fortalecendo ações com foco no alívio do seu sofrimento, seja ele físico, emocional, social e espiritual, visto que alguns médicos ainda interpretam erroneamente os CP por acreditar como relevantes apenas próximos ao fim da vida.