INTRODUÇÃO: O envelhecimento traz mudanças fisiológicas que aumentam a suscetibilidade dos idosos a infecções, colocando-os em maior risco de desenvolver inúmeras complicações. A sepse é uma condição médica crítica e potencialmente fatal que representa um desafio significativo, especialmente para a população idosa. A interação complexa entre o envelhecimento e a resposta imunológica contribui para a vulnerabilidade de pacientes nessa faixa etária, uma vez que, alterações próprias da senescência diminuem as reservas fisiológicas. OBJETIVOS: Identificar a literatura vigente acerta dos desafios na identificação precoce da sepse em idosos, levando em consideração alteração fisiológicas e as apresentações clínicas atípicas nessa população. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica descritiva de artigos selecionados em bancos de dados como BVS, LILACS e SCIELO, no período entre 2020 e 2023. RESULTADOS: Os resultados revelaram que os idosos podem apresentar respostas inflamatórias atenuadas, o que dificulta o reconhecimento de sinais clássicos de sepse, como febre elevada. Além disso, as apresentações clínicas atípicas são frequentes, com manifestações sutis e não específicas, como confusão mental, fraqueza generalizadas e deterioração funcional. A presença de comorbidades, síndromes geriátricas e declínio cognitivo pode mascarar os sinais clássicos de sepse. A confusão mental, fadiga exacerbada ou piora repentina do estado funcional, contribuem para um subdiagnósitco e atraso no início do tratamento da sepse em idosos, dificultando o diagnóstico preciso. Sendo assim, a utilização de ferramentas de triagem específicas para essa população, como o Sistema de Alerta Precoce (Early Warning Score), mostrou-se promissora para melhorar a detecção precoce da sepse em idosos. CONCLUSÃO: Em suma, conclui-se que os desafios na identificação precoce da sepse em idosos são evidentes devido às alterações fisiológicas e às apresentações clínicas atípicas que essa população enfrenta. A conscientização dos profissionais de saúde e a implementação de ferramentas de triagem específicas são fundamentais para melhorar a identificação precoce da sepse.