Neste trabalho estabeleceremos um diálogo entre a realidade vivenciada numa visita feita a uma turma de quinto ano do ensino Fundamental de uma escola pública da cidade de Crato-CE, com as leituras e discussões sobre o pensar a formação de Antonio Nóvoa, desenvolvidas no Núcleo de Pesquisa e Estudo dos Movimentos Sociais e Educação-NUPEMSE e as reflexões coletivas acerca da maneira como o curso de Pedagogia da URCA vem formando os seus futuros professores. A partir das leituras e reflexões sobre a proposta de Nóvoa constatamos uma enorme lacuna entre as bandeiras teóricas que os professores levantam e o que de fato está acontecendo nas escolas de ensino fundamental, havendo uma defasagem entre teoria e prática, dessa forma, passamos a acreditar que uma formação sólida de professores deve conter mais vivências dos universitários em escolas de ensino fundamental. Esse trabalho se justifica pela necessidade de propor novos caminhos para a nossa graduação, novas possibilidades de formar professores, utilizando também Nóvoa como referência para a nossa práxis. Esse artigo tem como objetivos: Contextualizar os textos do Nóvoa com a realidade de uma sala de aula de escola pública e tecer uma critica ao currículo de Pedagogia da URCA. A partir de leituras dos textos do autor supracitado, o NUPEMSE decidiu fazer observações em escolas de ensino fundamental da rede pública para que pudéssemos fundamentar as nossas leitura e discussões. A partir desse estudo pudemos constatar que o nosso curso de Pedagogia, enquanto formador de professores, ainda tem muito que melhorar e que, de fato, precisamos experienciar mais para que as vivências complementem nossas leituras numa relação dialética dentro da formação.