O presente artigo possui como objetivo contribuir para a produção do conhecimento sobre o Abuso Sexual infantil. A violência é um fenômeno social que engloba diversos tipos, dentre eles, a violência sexual. A violência cometida contra crianças possui determinantes históricos, econômicos, sociais e políticos. A temática do Abuso Sexual é presente, e ao mesmo tempo oculta, no cotidiano da sociedade. O adulto, muitas vezes, desacredita das falas da criança, o que é ainda mais impactante diante de uma situação de violência. Através do silenciamento da violência, muitas crianças tornam-se adultos com traumas. Em situações nas quais a criança vítima da violência, é desacreditada e não tem seus direitos garantidos. As consequências da violência roubam a infância e também a adolescência. A subnotificação acarreta a continuidade da violência, além da não responsabilização do abusador. Como principais aportes teóricos: Azevedo et al. (2007); Brino e Williams (2003); Vitiello; Ariès (2022); Campos (2019); Silva (2019) Oliveira (2022). A proteção da criança, e consequentemente da infância, são reflexos da compreensão social do cuidado e do alerta. A vivência da infância é essencial para o pleno desenvolvimento da criança enquanto sujeito de direitos, tanto o desenvolvimento psicológico quanto o social. O silenciamento, decorrente da subnotificação e do medo, retira da criança a vontade do brincar, a vontade de ser criança (SILVA, 2019). Tratar a temática do Abuso Sexual é urgente e necessário para que assim, a sociedade seja mais humana e certa de que viver a infância sem violações não é uma escolha, mas sim um direito.