Este trabalho se insere no campo dos estudos lexicológicos e aborda os processos de formação de palavras em neologismos do campo semântico da pandemia. O objetivo geral é analisar os processos de formação de neologismos surgidos durante a pandemia do novo coronavírus. Os objetivos específicos são: i) identificar neologismos surgidos no contexto da pandemia; ii) analisar os processos de formação de palavras envolvidos na criação dos neologismos; iii) identificar a produtividade de tais processos de formação de palavras na língua portuguesa; e iv) elaborar uma proposta de glossário com os neologismos analisados. Para tanto, tomou-se, como base teórica, autores como Gonçalves (2011; 2016; 2019), Villalva e Silvestre (2014) e Correia e Almeida (2012). Em termos metodológicos, foram selecionados, para compor o corpus de extração, o jornal Folha de São Paulo, a Revista Veja e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP). Para compor o corpus de exclusão, utilizaram-se o Dicionário Aurélio e o Dicionário Houaiss. Como resultado, foi levantado um total de 30 neologismos. A partir dos dados obtidos, fez-se a análise dos processos de formação de cada neologismo e a contagem de ocorrências. Mediante as análises feitas, foi possível concluir que a pandemia consistiu em um período de bastante inovação lexical e promoveu mudanças não só na língua, mas também no dia a dia dos falantes.