Sendo os espaços públicos urbanos um produto social, estes carregam em si as relações de produção e reprodução. As contribuições de Henri Lefebvre sobre a produção do espaço não descartam a importância do entendimento do corpo nesse processo, indo além das relações sociais econômicas como comumente interpretado pela geografia brasileira. Visando contribuir com essa discussão, a Av. Olívia Flores em Vitória da Conquista – BA é elencada como exemplo empírico deste estudo. O percurso metodológico adotado partiu de uma pesquisa teórica seguida de observações sistematizadas no espaço público investigado com aplicação de questionários, possibilitando reflexões sobre os corpos que se apropriam desse espaço e as relações sociais desenvolvidas nos processos de apropriação. O artigo objetivou contribuir com as discussões relativas a temática abordada, evidenciando a contribuição que o viés da corporeidade pode agregar em investigações acerca das práticas socioespaciais realizadas em espaços públicos urbanos, servindo de base para o questionamento do caráter público desses. Sem descartar a primazia dos conflitos entre classes, a análise engendrada pela perspectiva da corporeidade evidenciou o caráter elitista do processo de produção do espaço público da Av. Olívia Flores em Vitória da Conquista - BA.