Artigo Anais do I Congresso Internacional de Educação SESI - SP

ANAIS de Evento

ISBN: 978-85-61702-72-4

COMPREENDENDO O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO PELA ÓTICA DO ALUNO

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Publicado em 11 de dezembro de 2023

Resumo

Levar tanto pedagogos quanto especialistas em Língua Portuguesa a compreenderem a complexidade do processo de alfabetização é uma das maiores dificuldades na formação de professores alfabetizadores. Alfabetizados há muitos anos, temos dificuldades de lembrar todo o esforço cognitivo que foi necessário para nos apropriarmos das convenções da língua portuguesa escrita. Como, então, proporcionar uma aprendizagem sobre esse importante e complexo processo, que não se restrinja à discussão teórica, descolada da vivência? Foi essa questão que nos moveu a pensar e criar uma dinâmica que desse conta desse desafio. Durante a formação de Analistas Técnico Educacionais do Programa Emergencial de Educação pós-Pandemia: Recompondo Saberes – Alfabetização, elaboramos duas dinâmicas que permitiram aos participantes reviverem o processo de alfabetização, compreendendo, na prática, que esse processo precisa ser cuidadosamente planejado, a partir de atividades que levem o aluno a, paulatinamente, dominar todos os aspectos necessários à produção de textos na hipótese alfabética da escrita. Através da leitura do livro “A história do monstro Khátpy” – da coleção “Um Dia na Aldeia”, Editora SESI-SP – e da fonte Bookshelf Symbol 7 – para as atividades de escrita, foi possível simular a situação de analfabetismo com os participantes. Durante essa vivência, foi possível dar sentido e significado concreto à reflexão sobre princípios da teoria da Psicogênese da Língua Escrita, de Emília Ferreiro e Ana Teberoski, e do Letramento, de Magda Soares. Na formação, foram discutidos aspectos teórico-metodológicos do processo de alfabetização e letramento, como a importância do contexto, do texto e do lúdico, a relevância do nome próprio para a aprendizagem da escrita, dentre outros, permeando a reflexão com as mais recentes descobertas das Neurociências sobre o processo de alfabetização, a partir das pesquisas de especialistas como Stanislas Dahene e Suzana Herculano-Houzel. O produto dessa reflexão foi a produção de atividades lúdicas, por hipótese de escrita.

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