Este artigo tem como objetivo analisar as práticas educativas dos professores e das escolas em relação ao uso/não uso de metodologias voltada para o combate a discriminação racial na rede estadual cidade de Patos/PB, bem como, explicitar as práticas educativas empreendidas pelos professores caracterizando as formas de abordagem do trabalho quanto à educação étnico-racial. A pesquisa justifica-se pela necessidade de adentrar o universo escolar, buscando indícios das relações que subjazem as práticas educativas, para a identificação de determinadas posturas e recondução a uma prática escolar voltada para o reconhecimento do direito à diferenciação enquanto cultura e etnia, de valorização e conhecimento de sua história. Pesquisa realizada com os professores das escolas públicas do ensino fundamental e médio da cidade de Patos na Paraíba e caracteriza como um estudo com enfoque quantitativo dominante com dados analisados na perspectiva estatística associada à análise. Foram analisados dados coletados de 7 (sete) escolas com uma amostra de 151 professores, sendo que dos questionários aplicados 132 foram devolvidos o que apresenta um percentual de 84,7% de devoluções. Dos dados obtidos sobre a percepção dos docente sobre a presença de racismo, preconceito e discriminação no cotiado escolar, 35% afirmaram que existe, mas não é percebido pela escola, 29,5% disseram que existe e é percebido e tratado pelas escolas, 26,5% que existe e é apenas percebido pelas escolas sem tratar das questões, 8,3% acreditam que não existe racismo, preconceito ou discriminação no interior das escolas e 0,7% não responderam. Em relação a seleção de conteúdos e metodologias relacionadas à cultura afro-brasileira e africana De acordo com os resultados coletados 60% dos profissionais selecionam e incluem em seus planos contra 39% que não incluem a temática em seus planejamentos e 1% não responderam a essa questão. No que se refere a sentir-se preparado para o trabalho com essas questões, os dados apontaram que 29% dos professores admitem o despreparo para o trabalho com a temática em sala, dos 68% que atestaram estar preparados, 20% deles não se sentem confortável com o tema, muito menos em sala de aula. A construção de um olhar positivo sobre a história e cultura africana e afro-brasileira são demandas sociais urgentes para a formação de uma nova sociedade que valorize a diversidade cultural e étnica de seu povo.