A presente pesquisa tem o objetivo investigar como o Programa Inova Educação de São Paulo (2019) pode ser um potencial para promoção de inovações curriculares no currículo paulista na etapa do Ensino Médio (2020), para isto utilizou-se de trechos advindos da entrevista aberta com 16 professores e quatro coordenadores de quatro escolas estaduais da cidade de Artur Nogueira, interior de São Paulo, participantes da dissertação Transição Curricular Paulista: Programa Inova Educação e a Implementação do Currículo do Ensino Médio (2019-2020), estudo que teve o intuito de desvendar o que pensam professores e gestores da rede de educação pública de São Paulo, precisamente do Ensino Médio, sobre a transição curricular. Do ponto de vista metodológico, este artigo parte de uma pesquisa documental e da análise de dados a partir de Bardin (1977), a fim de restabelecer relação entre o Programa Inova Educação, as habilidades socioemocionais, a autorregulação e o potencial para práticas inovadoras, com os autores Carbonell (2002), Basso e Abrahão (2018), Marília Peres (2021), entre outros. Como resultado, as novas disciplinas buscam uma interação entre professor-aluno, por meio do desenvolvimento das habilidades socioemocionais e da autorregulação, como uma maneira de atingir uma aprendizagem satisfatória. No que refere às práticas inovadoras, apesar da ênfase no uso das TCIS, a disciplina de eletiva ganha espaço como ambiente de inovação educacional, mesmo sem o uso desses recursos, em razão de que por meio de estratégias intencionais, os docentes elaboram modelos didáticos e projetos que proporcionam conhecimentos necessários para o ingresso no mercado de trabalho da região. Ainda que o sistema não proporcione a formação de professores e a infraestrutura adequada, os professores participantes, por meio das habilidades emocionais e da autorregulação, têm a oportunidade de organizar os recursos disponíveis para mobilizar os estudantes na mudança pessoal e profissional por meio da prática pedagógica.