A pandemia ocasionada pela Covid-19 gerou uma grande crise nos sistemas de educação em todo o mundo. No que diz respeito ao nosso ao Brasil, a classe popular foi a mais afetada, pois, as poucas condições e recursos materiais dessas famílias, que já se encontrava em desvantagem econômica e social antes da crise sanitária, com a crise, a desigualdade brasileira no ensino se intensificou ainda mais. O aumento da pobreza de aprendizagem pode ter um impacto devastador para a futura geração de crianças e jovens. É importante ressaltar que no contexto educacional brasileiro, a escola pública já vinha sofrendo com os ataques de uma política neoliberal que ganhou espaço principalmente a partir da ascensão de governos conservadores no poder. Diante disso, o presente artigo busca ressaltar o dilema da crise nas escolas públicas e sua ligação com políticas que são elaboradas a partir de um viés autoritário, conservador e de cunho fascista. Essa realidade nos dias atuais tem ganhado destaque nos congressos e pesquisas das universidades públicas, pois trata-se de uma necessidade de se repensar a educação no sentido de problematizar as imposições que estão sendo estabelecidas de maneira vertical, que desconsidera a democracia, a criticidade e a formação de sujeitos questionadores. A pesquisa busca discutir a crise educacional no contexto atual, fundamentada na Aprendizagem Dialógica, aponta as atuações educativas de êxito como alternativa potencializadora para a construção de uma educação mais democrática e que valoriza o respeito às diferenças. Desta forma, concluímos que as práticas educativas de êxito são importantes ferramentas no combate às políticas neoliberais, uma vez que emerge para se pensar, organizar e viver a escola, de forma bastante potente na medida em que nos possibilita um duplo movimento: primeiro, responder ao contexto e à dinâmica da sociedade atual e, segundo, resistir a esse mesmo contexto.