O presente trabalho parte da concepção que compreende a língua como prática sociointerativa historicamente situada. Logo, a partir dos pressupostos teóricos que versam sobre ensino de língua materna, sobre as políticas do livro didático e o estudo da variação linguística: BANGO (1999), BATISTA (2003), ANTUNES (2007) TRAVAGLIA (2009), DIONÍSIO (2001); esta pesquisa objetiva realizar uma análise do livro didático de Língua Portuguesa aprovado para o Ensino Médio. Pretendemos analisar até que ponto o objeto investigado norteia o estudo da variação linguística sob os principais fundamentos da Sociolinguística, a exemplo qual a concepção de língua privilegiada. Objetivamos, com o auxílio das pesquisas bibliográficas, desenvolver um estudo descritivo de cunho qualitativo, problematizando as propostas de estudos da língua, sobretudo referente à variação linguística no contexto do ensino de Língua Portuguesa. Este interesse parte da importância que o material didático apresenta como norteador do trabalho docente, muitas vezes sendo a única ferramenta pela qual alunos e professores têm acesso como fonte de pesquisa. No decorrer do estudo, notamos que o material, embora privilegie o estudo da VL, por vezes, apresenta distorções entre teoria e prática; opondo-se ao que se propõe o ensino de Língua Materna, o de ampliar a competência comunicativa.