Na nossa sociedade as propostas de educação inclusiva quase sempre negligenciam os idosos. E mais ainda no que concerne ao ensino de línguas estrangeiras. O presente trabalho é um resultado da nossa experiência em um curso de extensão de Francês Língua Estrangeira (FLE) direcionado para a terceira idade. Um desafio tendo em vista que há poucos trabalhos referentes ao ensino/aprendizagem de línguas e essa parcela da população. Perguntamos como se dá as representações da interação no grupo citado? Nosso objetivo é refletir o quão necessário se faz incluir nos nossos projetos educacionais cursos de línguas para nossos idosos. Para este estudo apoiamo-nos em Cyr (1998), Barthélémy (2007), Carvalho (2009), Preti (1991), Debert (2012), Laplane(200), Morato(2005) entre outros autores. A pesquisa é de abordagem qualitativa, o corpus é composto por dois episódios em um grupo de dez mulheres que têm entre 63 a 80 anos. Constatamos que a interação, geralmente muito afetiva entre elas, e a estratégia de aprendizagem sócio-afetiva são de fundamental importância para processo de aquisição dessa nova língua e cultura que lhes são apresentadas. Sugerimos que as propostas educacionais se preocupem mais com os idosos, promovendo oportunidades iguais de aprendizado e crescimento pessoal em todos os espaços sociais.