O interior de Alagoas é carente de cursos de pós-graduação na área de educação e ensino. A formação de professores é intrinsecamente ligada ao perfil do egresso que se pretende formar, ficando sob a responsabilidade de constituição curricular de cada Instituição de Ensino Superior. Contudo, esta educação depende do perfil do pós-graduado que será efetivado na IES, pois, estes devem trazer em suas práticas didático-pedagógicas e reflexões epistemológicas, o multiculturalismo para formação de professores. O objetivo deste trabalho é descrever e refletir a autoavaliação de um mestrando em Ensino e Formação de Professores em uma disciplina cursada no Ensino Remoto Emergencial, bem como, discutir o conteúdo e suas contribuições para formação do sujeito. O percurso metodológico adotado foi uma pesquisa qualitativa do tipo descritiva. No decorrer da disciplina de “Multiculturalismo, ensino e formação docente”, foi possibilitado a leitura e a discussão de textos multiculturalistas e aplicados ao ensino e a formação de professores. Os mediadores buscaram construir saberes referentes a interseccionalidade das diversidades culturais e raciais. Percebe-se que o multiculturalismo não é uma concepção nova, mas que precisa ser inserida na sociedade. As contribuições feministas e marxistas de Angela Davis e os saberes da coleção Feminismos Plurais, foram importantes os discentes, assim como o são para os docentes. Pois, a formação de professores e de pós-graduandos só tem a lucrar com tais estudos, que contribuem para formação educacional e formação cidadã.