A temática saúde mental do idoso permeia o imaginário social como sinônimo de doença mental, em detrimento das dimensões holísticas do envelhecimento. Tal perspectiva é observada quando profissionais da saúde associam a saúde mental no envelhecimento a práticas de reabilitação na senilidade (Depressão ou Alzheimer), enraizadas ao modelo biomédico e desconexas de ações preventivas ou promotoras da saúde. Este estudo objetiva identificar ações de saúde mental direcionadas para o idoso em publicações e confrontar com as práticas nas instituições de saúde no contexto pandêmico. Trata-se de reflexão teórica embasada na análise de artigos sobre o envelhecimento com recorte na prevenção da doença, promoção da saúde, reabilitação e das experiências do cotidiano nos serviços dos pesquisadores. Nota-se que o debate sobre a saúde mental do idoso, se limita ao sofrimento mental e tratamento de doença, focada na patologia e não na pessoa, na qual o idoso em situação de vulnerabilidade biológica, também foi exposto a probabilidade de adoecer mentalmente por isolamento, perdas e pressões sociais. As ações na pandemia, focadas no ficar em casa para se proteger do coronavírus, com pouca ou nenhuma abordagem em como preservar ou promover a saúde mental no isolamento, refletindo as abordagens teóricas que voltam-se para a reabilitação e pouca promoção da saúde mental do idoso, em detrimento da prevenção do adoecimento. O estudo sinaliza a necessidade de estratégias, em tempos de pandemia, que integre a saúde física e mental, pois se proteger de um vírus e adoecer mentalmente, também é um problema de saúde pública.