As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) constituem recursos terapêuticos cada vez mais inseridos no contexto da saúde pública brasileira, havendo cada vez mais práticas reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inseridas no Sistema Único de Saúde. Ainda que a abrangência das PICs no território nacional seja vasta, é centralizada em grandes centros urbanos e na oferta de algumas poucas práticas. A Paraíba, como um estado deslocado desses grandes centros, é alvo do presente estudo, que pretende avaliar a situação de oferta das PICs no estado e situá-la no contexto nacional. Foram obtidos dados junto à Secretaria de Saúde da Paraíba e aos profissionais que ofertam PICs na iniciativa privada do município de Campina Grande-PB. Ainda que a disponibilização das PICs na Paraíba tenha crescido 17,2% no período de 2017 a 2019, resultando em 598 locais de oferta de 19 diferentes PICs, a plena execução do disposto nas portarias já publicadas pelo Ministério da Saúde, desde a instituição da Política Nacional de Práticas Integrativas (PNPI), especificamente no município de Campina Grande-PB, em que apenas 16 das 89 unidades de saúde ofertam PICs, está distante da plena aplicação de todos os termos dispostos no PNPI. Ainda, a maioria das Unidades Básicas de Saúde que já conseguem empregar tais práticas se limita a poucas PICs oferecidas, dentre todas as 29 reconhecidas no país, restando à iniciativa privada uma pequena complementação dessa oferta, principalmente no interior do estado.