A violência contra a mulher idosa é um grave problema de saúde pública que concorre com riscos para saúde e segurança das vítimas. Esta grave violação dos direitos humanos fere as vítimas no seu direito à vida, à saúde, à integridade física e principalmente à dignidade humana. Objetivou-se caracterizar o perfil da violência praticada contra mulheres idosas atendidas em um Centro de Referência na cidade de Cajazeiras, Paraíba. Trata-se de um estudo documental, exploratório e retrospectivo com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado no Centro de Referência de Atendimento à Mulher no município de Cajazeiras, Paraíba. A população do estudo foi composta por todas as fichas de atendimento às mulheres vítimas de violência e a amostra foi composta pelas fichas das vítimas de violência com idade maior ou igual a 60 anos atendidas por violência no período de 2010 a 2020. Os dados foram coletados por meio de um formulário, contemplando variáveis sociodemográficas, de saúde, da violência, do atendimento e do agressor e a análise foi realizada por meio do software SPSS for Windows – versão 18. Empregou-se a análise descritiva por meio de frequência relativa e absoluta. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal de Campina Grande sob Parecer número 4.322.299. Verificou-se que a maioria das idosas que sofreram violência são não brancas, casadas ou conviviam em união estável, possuíam baixa escolaridade e renda. Verificou-se que o principal agressor era conhecido e, na maioria das vezes, era o próprio filho(a). Ficou evidente que as vítimas sofreram mais de um tipo de violência, sendo a psicológica a mais prevalente. Assim, conclui-se que a violência contra a mulher idosa precisa ser vista como prioridade na perspectiva do seu enfrentamento, punição dos agressores e proteção das vítimas.