CUNHA, Cláudia et al.. Determinantes psicossociais da cognição: um estudo a nível europeu. Anais do IX CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2022. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/86530>. Acesso em: 22/11/2024 00:44
Compreender como os fatores psicossociais podem promover uma melhor cognição na meia-idade e idade avançada é importante para fazer recomendações sobre políticas e programas de intervenção. Este estudo centra-se em dois aspetos psicossociais (relações de confidência e participação social formal) a fim de avaliar a sua contribuição independente para explicar a cognição, mas também a forma como a sua inter-relação atua sobre a cognição. Formula-se a hipótese de que cada um dos fatores esteja positivamente associado à cognição, mas também que uma combinação de ambos os fatores contribuem mais para a cognição do que cada um dos fatores independentemente. Materiais e Métodos: A nossa amostra inclui 66.504 indivíduos que participaram no Survey of Health, Ageing and Retirement in Europe (SHARE). Foram realizadas análises de regressão linear múltipla. Resultados: Os resultados mostram que níveis mais elevados de participação social formal e de relações de confidência estão associados a uma melhor cognição. Ao estudar a interação participação social formal e relações de confidência e a sua associação com a função cognitiva, verifica-se que melhores pontuações cognitivas se encontram em indivíduos com elevados níveis de participação social formal e de relações de confidência. Além disso, quando falta uma destas componentes, a outra desempenha um papel importante na função de proteção da cognição. Discussão: Este estudo mostra a importância da participação social formal e das relações de confidência para a preservação/desenvolvimento da cognição, que contribui significativamente para a qualidade de vida dos adultos de meia-idade e mais velhos.