A estomia intestinal é uma intervenção cirúrgica que consiste numa abertura abdominal, permitindo a exteriorização de um segmento intestinal e possui como um dos objetivos a eliminação das excreções fecais. O câncer colorretal é a principal causa para confecção cirúrgica de estomias intestinais, e apresenta alta incidência em idosos. Essa população costuma demonstrar dificuldades em relação aos cuidados e resistência ao tratamento. Esses problemas podem se intensificar com o surgimento de complicações relacionadas à estomia, tornando a atuação do enfermeiro, especialmente o estomaterapeuta, necessária na prevenção e tratamento. Assim, objetivou-se identificar as complicações relacionadas às estomias intestinais em idosos jovens e longevos. Trata-se de um estudo transversal, realizado no Centro de Reabilitação Infantil e Adulto do Rio Grande do Norte (CRI/CRA) no período de julho de 2017 a outubro de 2017, com 77 idosos. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário com dados sociodemográficos e clínicos que foram analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) e tabulados no Microsoft Excel 2010. O estudo foi autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob parecer de número 1.527.460. Dos 77 idosos, 81,8% tinham complicações, destes 71,4% eram jovens e 10,4% longevos. Entre as principais complicações, vê-se que 28,6% dos idosos jovens e 2,6% dos longevos relataram alergia; 23,4% dos idosos jovens e 5,2% dos longevos relataram lesão; 57,1% dos idosos jovens e 10,4% dos longevos relataram vazamento; 29,9% dos idosos jovens e 3,9% dos longevos relataram prurido; 48,1% dos idosos jovens e 9,1% dos longevos relataram vermelhidão. O estudo demonstrou uma maior prevalência de complicações relacionadas a alergia, vazamento da bolsa coletora, lesão, prurido e vermelhidão, evidenciando a importância da enfermagem no cuidado às complicações em estomias intestinais ao promover a independência no autocuidado e qualidade de vida.