Importa-nos, neste estudo, investigar a permanência do imaginário dos contos de fadas tradicionais em narrativas contemporâneas destinadas a crianças, e registrar, en passant, a retomada de enredos clássicos pelo cinema de animação recente, ferramenta que tem sido fartamente utilizada como recurso pedagógico em salas de aula do ensino infantil. Comentamos a releitura dos enredos empreendida, sobretudo, por escritores brasileiros da era pós-Lobato, destacando o esvaziamento de elementos típicos dos contos de fadas, os elementos preservados e as versões parodísticas, que contestam e, ao mesmo, perpetuam o imaginário das fadas na contemporaneidade.