O CORPO, EM SUAS DIMENSÕES SENSÍVEIS, TEM LUGAR DE INTERESSE ESPECIAL NAS ESTRATÉGIAS DE PODER DO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO. DE QUE FORMAS PODEMOS OBSERVAR ESSE INTERESSE COMO UMA POSSÍVEL VONTADE DE SABER – COMO DESCREVE MICHEL FOUCAULT – EMPREENDIDA PELA ECONOMIA POLÍTICA DE NOSSOS TEMPOS? O PRESENTE TEXTO, DE NATUREZA TEÓRICA E ENSAÍSTICA, BUSCA TRAZER APONTAMENTOS QUE DEMONSTREM COMO AS LÓGICAS DOMINANTES CONTEMPORÂNEAS SE VALEM DAS NOVAS TECNOLOGIAS MIDIÁTICAS E IMAGÉTICAS PARA INCITAR SUJEITOS AO DISCURSO, BEM COMO, POR MEIO DESSAS TECNOLOGIAS, BUSCAM REGULAR, CONTROLAR E PRODUZIR NOVAS FORMAS DE CORPO E DE SENSIBILIDADE REGIDOS PELO CAPITAL. BASEAMO-NOS EM TEÓRICOS COMO MICHEL FOUCAULT (2013), GILLES DELEUZE (2000), MUNIZ SODRÉ (2006; 2021), PAUL B. PRECIADO (2017), E PATRICIA CLOUGH (2008). DIANTE DESSE CENÁRIO HEGEMÔNICO, QUE SE PRETENDE GENERALISTA, SE PODEMOS CONCEBER RESISTÊNCIAS ÀS FORMAS DE CONTROLE, REGULAÇÃO E PRODUÇÃO DO CORPO IMPOSTAS, TALVEZ SEJA O CORPO ESTRANHO, OU UMA “ENCARNAÇÃO” DISSIDENTE DAS TECNOLOGIAS CONTEMPORÂNEAS NA ARTE E NA CULTURA, UM CAMINHO POSSÍVEL. O PRESENTE TRABALHO PRETENDE DISCUTIR COMO CORPO E TECNOLOGIA, QUANDO REUNIDOS, PODEM EXERCER FORÇAS INESPERADAS E DISSIDENTES QUE CONTRADIZEM A HEGEMONIA CAPITALISTA.