O OBJETIVO DESSE TEXTO É DISCUTIR A ESPACIALIZAÇÃO DAS “AULAS DE PRIMEIRAS LETRAS” NA CAPITANIA DE SERGIPE DEL REY/PROVÍNCIA, NO SÉCULO XVIII E INICIO DO XIX. PARA ALICERÇAR ESSA ANÁLISE, BUSCAMOS AUTORES QUE DISCUTEM O TEMA COMO: HILSDORF (2006), ADÃO (1997), FERNANDES (1994), E PARA ANALISAR A REALIDADE SERGIPANA, RECORREMOS A AUTORES COMO, SERAFIM LEITE (1938), SOUZA (2005), BEZERRA (1952), FÉRRER (1997), CARDOSO (2010), NUNES (1986; 1996; 2006), ALVES E FREITAS (2001) LIMA (2007) ESTES, NOS DERAM SUPORTE COMO OBJETO E COMO FONTE DE PESQUISA. A PARTIR DESSA BASE TEÓRICA ALINHAMOS, SOB A LUZ DO MÉTODO INDICIÁRIO DE GINZBURG (1989), OS RETALHOS ESPALHADOS PELO CHÃO DOS ARQUIVOS, PARA COMPOR O TECIDO DAS AULAS DE PRIMEIRAS LETRAS. AS AULAS DE PRIMEIRAS LETRAS SURGIRAM NO FINAL DO SÉCULO XVIII QUANDO AINDA ÉRAMOS CAPITANIA DE SERGIPE DEL REY E ADENTRARAM O SÉCULO XIX COM VIGOR PRINCIPALMENTE NAS SUAS PRIMEIRAS DÉCADAS, COM PROMULGAÇÃO DA LEI DE 1827. A FORMAÇÃO BASEADA NESTE MODELO TINHA COMO META O APRENDIZADO DO LER, DO ESCREVER, DO CONTAR E DO REZAR, FORMAÇÃO ESSA DE ÂMBITO NACIONAL. COM A IMPLANTAÇÃO DA REFORMA COUTO FERRAZ, EM 1854, EXTINGUIU A FORMAÇÃO BASEADA NO MODELO DE PRIMEIRAS LETRAS, MUDANDO A NATUREZA DO ENSINO QUE PASSOU A SER DENOMINADO DE PRIMÁRIO, SENDO ESTE, DIVIDIDO EM DOIS GRAUS (ELEMENTAR E SUPERIOR). VALE OBSERVAR QUE ESSA IMPLANTAÇÃO NÃO SUPLANTOU DE IMEDIATO O ENSINO BASEADO NO MODELO DE PRIMEIRAS LETRAS, QUE CONTINUOU A VIGORAR POR ALGUNS ANOS.