NO BRASIL, O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ESTÁ OCORRENDO DE FORMA CÉLERE, PRINCIPALMENTE PELAS MUDANÇAS NOS SEUS DETERMINANTES, QUE SÃO A QUEDA DA FECUNDIDADE E O GANHO DE LONGEVIDADE. EM SIMULTÂNEO, HÁ O AUMENTO NO NÚMERO DE PESSOAS COM 60 ANOS OU MAIS VIVENDO COM HIV/AIDS. A PARTIR DO EXPOSTO, ESTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO GERAL DESCREVER O CENÁRIO ATUAL DA EPIDEMIA DE HIV/AIDS ENTRE IDOSAS E ANALISAR OS DADOS COM FUNDAMENTAÇÃO NOS DISCURSOS DE IDOSAS QUE VIVEM COM O VÍRUS. A METODOLOGIA ADOTADA FOI COLETA DE DADOS NO DATASUS E RELEITURA DE ENTREVISTAS COM IDOSAS QUE VIVEM COM HIV/AIDS. OS RESULTADOS REVELAM AUMENTO NAS INCIDÊNCIAS ENTRE IDOSAS COM 60 ANOS OU MAIS NO BRASIL, PASSANDO DE 3,8% EM 2008 PARA 7,4% EM 2017, EM RELAÇÃO AO TOTAL DE MULHERES COM O VÍRUS NO PAÍS, TOTALIZANDO 853 CASOS NOVOS DIAGNOSTICADOS EM IDOSAS, EM 2017. SOBRE A FORMA DE CONTRAÇÃO DO VÍRUS, COM BASE NAS ENTREVISTAS, A CONTRAÇÃO DO VÍRUS OCORREU POR MEIO DE RELAÇÕES SEXUAIS. CONTRAIR O HIV NÃO FOI PLANEJADO, NÃO FOI PARA ISSO QUE ESTAVAM COM OS ÚNICOS PARCEIROS DE TODA UMA VIDA, INDICANDO RELAÇÕES DE PODER ASSIMÉTRICAS. PODE-SE CONCLUIR QUE A EPIDEMIA DE HIV/AIDS NÃO ESTÁ CONTROLADA, REGISTRANDO-SE INCIDÊNCIAS CRESCENTES ENTRE MULHERES IDOSAS E, TAMBÉM, QUE PERSISTE A INVISIBILIDADE SEXUAL DE MULHERES IDOSAS (E IDOSOS), CARACTERIZANDO-SE COMO UM PARADOXO. FAZ-SE NECESSÁRIO ENXERGAR OS IDOSOS NA SUA INTEGRIDADE, COM APTIDÃO PARA ESSE ASPECTO VITAL DO SER HUMANO, A SEXUALIDADE.