Esta pesquisa problematiza quais foram os eixos temáticos dialogados pelas pesquisas publicadas nas três primeiras edições do Seminário Desfazendo Gênero, que abordaram travestis e transexuais? Para tanto, utilizamos a matriz metodológica quantitativa que possibilitou quantificar os trabalhos socializados no referido evento, sendo que os trabalhos foram identificados por meio de palavras chaves, a saber: travesti, travestis, travestilidade, travestilidades, transexual, transexuais, transexualidade e transexualidades. Os resultados obtidos demonstraram 112 pesquisas, sendo 24 na primeira edição, 53 na segunda edição e 35 na terceira edição. Do montante das 122 pesquisas, divididas por eixo/temáticas, 33 trabalharam com Identidade, 18 discorreram sobre o Direito, 14 pesquisas abordaram o Corpo, 11 trabalhos apresentaram questões sobre a Saúde, 07 trabalhos relataram a Violência, 05 abordaram a Arte, Comunicação e Educação respectivamente, 03 discorreram sobre o Nome Social, 03 ao que tange o Trabalho, 02 ao que concerne a Prostituição e a Religão respectivamente, 01 sobre Cidadania, Envelhecimento e Política respectivamente. Portanto, concluimos que as pesquisas brasileiras que tangem travestis e transexuais estão ganhando visibilidade e para fomentar ainda mais esse campo marginalizado, novas pesquisas devem ser desenvolvidas com a finalidade de abordarem pessoas e/ou grupos que foram discriminados pelo cânone heteronormativo social, histórico e cultural que reflete diretamente na produção acadêmica científica.