LUVISSOLO CRÔMICO É A SEGUNDA SUBORDEM DE SOLOS MAIS REPRESENTATIVA DA PARAÍBA. APESAR DOS ESFORÇOS DESPRENDIDOS, A IDENTIFICAÇÃO DE SEUS PROCESSOS PEDOGENÉTICOS E CONSEQUENTE RELAÇÃO COM OS PROCESSOS DE DESERTIFICAÇÃO AINDA NÃO FORAM COMPLETAMENTE ENTENDIDOS. O OBJETIVO DESSA PESQUISA É IDENTIFICAR A GÊNESE DE LUVISSOLOS NO CARIRI PARAIBANO E SUAS IMPLICAÇÕES AO FENÔMENO DA DESERTIFICAÇÃO. LUVISSOLOS CRÔMICOS SOB VEGETAÇÃO DE CAATINGA PRESERVADA FORAM DESCRITOS EM TERÇO SUPERIOR, MÉDIO E INFERIOR NO MUNICÍPIO DE SUMÉ (PB). DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA E CARACTERIZAÇÃO FÍSICA, QUÍMICA E MINERALÓGICA FORAM CARREADAS. OS LUVISSOLOS SÃO MODERADAMENTE DRENADOS, PEDREGOSOS E ESTÃO ASSOCIADOS A AO INTEMPERISMO DA BANDA MELANOCRÁTICA DO GNAISSE E/OU DIQUES DE DIABÁSIO. APRESENTAM SEQUÊNCIA DE HORIZONTES A1-A2-BT-CB (P1) E A-BT-CB (P2 E P3). ARGILUVIAÇÃO, ELUTRIAÇÃO, FORMAÇÃO DE ARGILA IN SITU E RUBEIFICAÇÃO OCORREM EM DIFERENTES INTENSIDADES NOS SOLOS. A CONSTATAÇÃO DE MUDANÇA TEXTURAL ABRUPTA EM P1 O TORNA MAIS SUSCEPTÍVEL AOS PROCESSOS EROSIVOS. A OCORRÊNCIA DE FEIÇÕES EROSIVAS E DE ELUTRIAÇÃO NESSA ÁREA CONFIRMA QUE PERDAS SUPERFICIAIS DE ARGILA E DE NUTRIENTES PODEM SER NATURAIS. A ELEVADA CTC E O FENDILHAMENTO DOS LUVISSOLOS É DEVIDO A OCORRÊNCIA DE ARGILAS DE ALTA ATIVIDADE (VERMICULITAS). TEORES TOTAIS DE CAO, MGO E FE2O3 ELEVADOS E A OCORRÊNCIA DE MINERAIS FACILMENTE INTEMPERIZÁVEIS INDICA RESERVA DE NUTRIENTES A CURTO/MÉDIO PRAZO. ESTUDOS DE GÊNESE DE LUVISSOLOS E SEU COMPORTAMENTO FRENTE A DESERTIFICAÇÃO DEVEM CONSIDERAR PROCESSOS PEDOGENÉTICOS ESPECÍFICOS E NÃO SOMENTE OS PRIMEIROS NÍVEIS CATEGÓRICOS (ORDEM E SUBORDEM) DA CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS.