INTRODUÇÃO: A OBESIDADE É ATRIBUÍDA A DIVERSOS FATORES, COMO ESTILO DE VIDA, DIETA, GENÉTICA E TAMBÉM À MICROBIOTA INTESTINAL, QUE FOI IDENTIFICADA COMO IMPORTANTE FATOR ENVOLVIDO NO DESENVOLVIMENTO DESTA E DE OUTRAS COMORBIDADES, MAS A MAGNITUDE DE SUA CONTRIBUIÇÃO AINDA É INCERTA (CASTANER ET AL, 2018). MICROBIOTA INTESTINAL É CONSIDERADA UMA VARIEDADE DE MICRORGANISMOS QUE HABITAM O TRATO GASTROINTESTINAL DE MAMÍFEROS. A COMPOSIÇÃO DESTA COMUNIDADE MICROBIANA É ESPECÍFICA DO HOSPEDEIRO, MAS TAMBÉM PODE SER MODIFICADA POR EVENTOS EXÓGENOS E ENDÓGENOS (SEKIROV; RUSSEL; ANTUNES, 2010). O OBJETIVO DESTE TRABALHO FOI REUNIR PESQUISAS PRODUZIDAS SOBRE A RELAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL NO DESENVOLVIMENTO DA OBESIDADE, A PARTIR DE UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA DE ARTIGOS POR MEIO ELETRÔNICO. METODOLOGIA: TRATA-SE DE UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA DE ARTIGOS PUBLICADOS NA BASE DE DADOS PUBMED, UTILIZANDO AS SEGUINTES PALAVRAS-CHAVE: MICROBIOTA INTESTINAL, OBESIDADE E DOENÇAS METABÓLICAS. A CONSULTA INCLUIU ARTIGOS REGISTRADOS DESDE 2000, NO IDIOMA INGLÊS TOTALIZANDO 162 CITAÇÕES QUE APÓS O REFINAMENTO PROCEDEU-SE A LEITURA DE 33 TÍTULOS E RESUMOS, UMA VEZ QUE, FORAM RELEVANTES POIS, ATENDERAM AOS CRITÉRIOS DE INCLUSÃO DETERMINADOS. DESENVOLVIMENTO: DE ACORCO COM OTHMAN ET AL (2016), ATUALMENTE SABE-SE DO IMPORTANTE PAPEL DA MICROBIOTA INTESTINAL EM PROCESSOS COMO HOMEOSTASE ENERGÉTICA, CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA E AUTOIMUNIDADE, E SURGIRAM ESTUDOS SUGERINDO UM PAPEL DA MICROBIOTA INTESTINAL NO DESENVOLVIMENTO DA OBESIDADE. A COMPOSIÇÃO DA DIVERSIDADE BACTERIANA PARECE MUDAR ENTRE MAGRA E OBESA, PORÉM, ALGUNS ESTUDOS RECENTES COM CAMUNDONGOS ENCONTRARAM RESULTADOS CONTROVERSOS (QIN; METAHIT CONSORTIUM; LI, 2010). A MICROBIOTA INTESTINAL CONTRIBUI PARA O METABOLISMO ENERGÉTICO ATRAVÉS DA PRODUÇÃO DE (AGCC) - COMO O ACETATO, O BUTIRATO E O PROPIONATO - PRODUTOS RESIDUAIS PRODUZIDOS PELAS BACTÉRIAS POR FERMENTAÇÃO COLÔNICA, PARA EQUILIBRAR O ESTADO REDOX NO INTESTINO, ATRAVÉS DA INGESTÃO DE FIBRAS SOLÚVEIS NA DIETA (OTHMAN ET AL, 2016). RESULTADOS E DISCUSSÃO: A COMPOSIÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL MOSTRA-SE AFETADA POR MUITOS FATORES, COMO DIETA, ESTADO DA DOENÇA, MEDICAMENTOS E GENÉTICA DO HOSPEDEIRO (OTHMAN ET AL, 2016). O PRINCIPAL CONTRIBUINTE PARA A DIVERSIDADE DA MICROBIOTA INTESTINAL É A DIETA (MAUKONEN; SAARELA, 2015; WONG ET AL, 2012). DE ACORDO COM OTHMAN ET AL (2016) ENTRE AS ESTRATÉGIAS DIETÉTICAS ESTÃO O USO DE PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS PARA CONTROLAR A COMPOSIÇÃO E A ATIVIDADE METABÓLICA DA MICROBIOTA INTESTINAL. SEGANFREDO, BLUME E MOEHLECKE (2017), APONTARAM QUE DIETAS RESTRITIVAS E CIRURGIA BARIÁTRICA RENDUZEM A DIVERSIDADE DESSA COMPOSIÇÃO MICROBIANA, COMO TAMBÉM, PODEM SURTIR PREJUÍZOS A LONGO PRAZO NO CÓLON, E QUE, POR OUTRO LADO, OS PREBIÓTICOS PODEM RESTAURAR UM MICROBIOMA SAUDÁVEL E REDUZIR A GORDURA CORPORAL. ESTUDOS REVELAM QUE A COMPOSIÇÃO DA DIVERSIDADE BACTERIANA INTESTINAL PARECE MUDAR, AUMENTANDO O NÚMERO DE FIRMICUTES EM DETRIMENTO DE BACTEROIDETES EM PACIENTES OBESOS (LEY ET AL, 2006; KARLSSON; TREMAROLI; NOOKAEW, 2013). CONSIDERAÇÕES FINAIS: MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA QUE ENVOLVEM AUMENTO DO CONSUMO DE ALIMENTOS E EXERCÍCIOS REDUZIDOS, ALÉM DA DESREGULAÇÃO NA MICROBIOTA INTESTINAL, CONTRIBUEM MAIS PARA O SURGIMENTO DESSAS DOENÇAS. COMO RESULTADO, UMA MELHOR COMPREENSÃO E UTILIZAÇÃO DE VÁRIAS BACTÉRIAS PREBIÓTICAS E PROBIÓTICAS PODE REVELAR-SE BENÉFICA NO TRATAMENTO DESSAS DOENÇAS METABÓLICAS.