O RIO BOTAFOGO É UM LOCAL DE DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES SOCIOECONÔMICAS E TEM SIDO ALVO DE DESPEJO DE EFLUENTES CONTENDO METAIS PESADOS, CONTAMINANDO SOLOS E ORGANISMOS NO MANGUEZAL ADJACENTE. NESSE ESTUDO FORAM SELECIONADAS SEIS ÁREAS SOB VEGETAÇÃO DE LAGUNCULARIA RACEMOSA E RHIZOPHORA MANGLE. FORAM DETERMINADOS TEORES TOTAIS DE CR, CU, HG, NI, PB E ZN EM SOLOS (0,0-30,0 CM) E FOLHAS DE PLANTAS A PARTIR DE DIGESTÃO ÁCIDA E DOSAGEM POR ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ÓPTICA (CR, CU, NI, PB E ZN) E ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA COM GERAÇÃO DE VAPOR FRIO (HG). O COEFICIENTE DE ACUMULAÇÃO BIOLÓGICA (CAB) FOI CALCULADO PARA AVALIAR O POTENCIAL DE BIOACUMULAÇÃO DE METAIS POR ESPÉCIES DE MANGUE. NOS SOLOS, VERIFICOU-SE TEORES MÉDIOS DE CR, CU, HG, NI, PB E ZN DE 69,5; 29,0; 4,0; 18,0; 26,5 E 63,0 MG KG-1 PARA ÁREAS SOB R. MANGLE E 73,0; 32,0; 5,0; 19,0; 29,0 E 66,0 MG KG-1, PARA ÁREAS SOB L. RACEMOSA. METAIS NAS FOLHAS DE L. RACEMOSA FORAM SUPERIORES A R. MANGLE. APENAS L. RACEMOSA APRESENTOU POTENCIAL COMO BIOINDICADORA DE HG. OS COEFICIENTES DE ACUMULAÇÃO BIOLÓGICA (CAB) FORAM INFERIORES A 1, O QUE DEMONSTRA BAIXA TRANSFERÊNCIA DOS METAIS DO SOLO PARA O TECIDO FOLIAR E QUE NENHUMA DAS ESPÉCIES VEGETAIS AVALIADAS APRESENTA POTENCIAL DE BIOACUMULAÇÃO DE METAIS. ISTO PODE SER DECORRENTE DA BAIXA DISPONIBILIDADE DE METAIS NOS SOLOS, E DOS MECANISMOS DE EXCLUSÃO UTILIZADOS PELA ESPÉCIES VEGETAIS.