A partir dos anos 80 os chamados estudos de gênero revolucionaram todo o campo conceitual em que se situava a questão/conceito de feminino e feminilidade. Há décadas o movimento feminista vem pleiteando espaços na sociedade – nas instituições – a fim de oferecer as mulheres condições de que as possibilite ser sujeitas de sua própria autonomia. Para tanto, acreditamos que para combater as opressões é preciso reconhecê-las. Reconhecemos, assim, a literatura como uma ponte para dialogarmos/refletirmos sobre as questões de gênero e sexualidade na sala de aula. O presente artigo objetiva refletir a condição social da mulher através dos poemas “E agora, José?”, de Carlos Drummond de Andrade, e “Drumunda” de Alice Ruiz, a fim de promover um debate a respeito dos direitos das mulheres, bem como os papéis que lhes foram impostos pelo patriarcado. Para problematizar essa proposta, utilizamos as referências teóricas e metodológicas das concepções de literatura de Candido (2004), Pinheiro (2007), Melo (2012), bem como as leituras sobre pós-modernidade, feminismo e relações de gênero apontadas por Heleiteh Saffioti, Simone de Beauvoir, Angélica Lovatto e Lelita Oliveira Benoit.