O TEMPO TRAZ CONSEQUÊNCIAS À VIDA DO SUJEITO, ALTERA SEU CORPO, A PSIQUE E O LUGAR SOCIAL. EM ALGUNS DISCURSOS, ENVELHECER REPRESENTA, APENAS, UM PROCESSO DE GRANDES PERDAS. A PSICANÁLISE, NO ENTANTO, SUBLINHA AQUILO QUE NÃO RESPONDE AO TEMPO CRONOLÓGICO: O INCONSCIENTE E SEU ESTATUTO ATEMPORAL. DE ACORDO COM ESSA LÓGICA, O SUJEITO NÃO ENVELHECE, SEU DESEJO PERMANECE INDESTRUTÍVEL. FRENTE A ESTA CONCEPÇÃO, ESTE ARTIGO NARRA A EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO EM CLÍNICA PSICOLÓGICA COM IDOSOS E TEM COMO OBJETIVO CONTRIBUIR PARA A DISCUSSÃO SOBRE A POSSIBILIDADE DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO CONSTITUIR-SE COMO UMA CONSTANTE REINSCRIÇÃO DE TRAÇOS SINGULARES DO SUJEITO. A EXPERIÊNCIA FOI DESENVOLVIDA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA, ESPECIFICAMENTE, COM IDOSOS QUE FREQUENTAM A UAMA (UNIVERSIDADE ABERTA A MATURIDADE), COM GRUPOS TERAPÊUTICOS QUINZENAIS. ASSIM SENDO, OS REGISTROS DOS ENCONTROS DO GRUPO TERAPÊUTICO CONSTITUÍRAM O SEU CORPUS DE ANÁLISE. PARA ANÁLISE DO MATERIAL, UTILIZOU-SE DA TEORIA PSICANALÍTICA EM SUA FORMATAÇÃO CLÍNICA. IDENTIFICOU-SE, COMO RESULTADO, QUE NOVOS SIGNIFICADOS PUDERAM SER ATRIBUÍDOS AOS CONTEÚDOS VERBALIZADOS NO GRUPO, BEM COMO A POSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO DE MÚLTIPLAS VELHICES, COM A RECRIAÇÃO DO LUGAR DA PESSOA IDOSA NO ÂMBITO ACADÊMICO E SOCIAL. OS INTEGRANTES DO GRUPO DIVIDIRAM SUAS EXPERIÊNCIAS ÚNICAS DE ENVELHECER E APRESENTARAM RETIFICAÇÕES SUBJETIVAS, APROPRIANDO-SE DE SUAS SINGULARIDADES DURANTE O PROCESSO.