A elevada incidÊncia e mortalidade por cÂncer cervicouterino no Brasil justificam a implantaÇÃo de estratÉgias de controle da doenÇa, incluindo promoÇÃo À saÚde, prevenÇÃo, detecÇÃo precoce, tratamento e cuidados paliativos quando necessÁrios. Objetivou-se analisar os conhecimentos de mulheres idosas sobre o cÂncer cervicouterino. Estudo exploratÓrio-qualitativo. Projeto aprovado pelo ComitÊ de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do CearÁ (protocolo no 660.902), a coleta de dados procedeu-se em fevereiro de 2015. Participaram da pesquisa 10 (dez) mulheres idosas, adscritas no Posto de SaÚde do Centro, na Cidade de AssÚ–RN. Foram incluÍdas mulheres a partir de 60 (sessenta) anos de idade, que nunca fizeram o exame de Papanicolau, e as que hÁ mais de trÊs anos nÃo o fazem e que jÁ tiveram cÂncer do colo do Útero. Excluiu-se da amostragem, mulheres com demÊncia, acamadas ou histerectomizadas. Optou-se pela entrevista individual semiestruturada. Os dados foram analisados atravÉs do mÉtodo de AnÁlise de ContÉudo de Bardin. Os principais resultados apontam que a maioria das idosas realizam o exame Papanicolau de forma esporÁdica e que desconhece a magnitude dessa patologia. Esses achados alertam para a necessidade de restruturaÇÃo da AtenÇÃo PrimÁria À SaÚde, com Ênfase para o carÁter da educaÇÃo em saÚde, sendo instrumento de construÇÃo do saber significativo, para que as mulheres se apoderem e tomem consciÊncia do seu papel de atoras no seu processo saÚde-doenÇa, aponta-se, tambÉm, a construÇÃo da necessidade de um olhar holÍstico À mulher idosa nesses serviÇos de saÚde.