Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

PRÁTICAS PERCUSSIVAS EM UMA ESCOLA PÚBLICA: UMA VIVÊNCIA DOCENTE DE INTEGRAÇÃO DE ALUNOS SURDOS E OUVINTES

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Adotamos o método observacional (GIL, 2008), amplamente utilizado nas ciências sociais para favorecer uma melhor reflexão sobre fatos transcritos. Nessa perspectiva, realizamos uma pesquisa bibliográfica (GIL, 2008) para ajudar a amparar a discussão em pauta e favorecer futuras práticas de ensino de percussão. Ademais, foi feito um breve estudo de caso (GIL, 2008) para descrever e refletir sobre como conseguir lidar com o ensino simultâneo para surdos e ouvintes. O referencial teórico que reunimos para fundamentar as reflexões acerca da educação musical de surdos e ouvintes aborda autores que mostram a viabilidade do ensino de percussão na escola e discutem a inclusão de deficientes auditivos nesse processo de aprendizagem. Paiva (2015) identifica processos de criação coletiva, tomada de decisões e resolução de problemas em dois grupos de percussão. Santos (2017) analisa saberes percussivos produzidos por grupos de escolas públicas de Fortaleza, preocupando-se com a dimensão da formação humana dos estudantes. Silva (2008) propõe atividades musicais elaboradas para alunos surdos. Nicodelli (2016) discorre sobre a necessidade de formação específica do professor de música da educação básica, para que aprenda a lidar com o ensino de surdos e ouvintes simultaneamente. A descrição e análise começa a partir do dia em que fui à escola convidar as turmas de ensino médio para participar das atividades que aconteceriam duas vezes por semana. Ao longo do semestre trabalhamos com os instrumentos musicais percussivos convencionais disponíveis na escola tais como: ganzá, agogô, pandeiro e zabumba. Com o início das atividades, surge o primeiro problema: logo depois das aulas os instrumentos eram trancados no armário, não havendo outras oportunidades para os alunos estudarem fora do período das aulas. Desta maneira consideramos necessário redimensionar a logística para potencializar a oportunidade de aprendizado. Então, decidimos desenvolver paralelamente um trabalho alternativo com copos de plástico, em que todos poderiam levar e praticar em casa. Para formarmos um grupo de percussão coeso, é necessário mais do que a participação semanal, mas o estudo individual, além do ensaio coletivo. Entrementes, foi nos questionado pela coordenação sobre a viabilidade da participação de estudantes surdos que estavam interessados no projeto. Prontamente, confirmei que todos os interessados poderiam comparecer às aulas. A questão imperativa se formava: como fazer? Em todas as aulas, os estudantes surdos contavam com a ajuda de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) que trabalhavam na escola e isso facilitou muito o diálogo entre os integrantes do grupo de percussão. Ao passo que lidava com esse desafio, cursava a disciplina de LIBRAS na faculdade, constante na matriz curricular do curso, e desfrutei muito desse aprendizado, buscando aprender mais sinais que pudessem expressar o que pretendia realizar com as atividades em sala. A curiosidade pela cultura surda cativou a vontade dos respectivos alunos de frequentarem as oficinas e de ensinarem outros sinais e expressões condizentes com a realidade deles. Dessa forma, incorporei aos poucos os sinais de LIBRAS na regência das músicas e para mediar as atividades que propunha. Essa postura despertou naturalmente o desejo de interação entre os alunos ouvintes e os alunos surdos. Durante as oficinas, foram proporcionados momentos para todos explorarem as diferentes sonoridades dos instrumentos, o que os alunos gostavam bastante de fazer e, por isso, era necessário cautela para a proposta da atividade não virar dispersão. Assim, começamos a ver em sala as técnicas para tocar cada instrumento e os alunos escolheram com quais iriam trabalhar. Depois disso, trabalhamos com a construção de um repertório composto por músicas do interesse dos alunos a fim de realizar uma apresentação no festival musical da escola que aconteceria no final do semestre. Foram selecionadas as músicas: "Xote das Meninas" de Luiz Gonzaga, "Não deixe o samba morrer" de Alcione e "Royals" de Lorde. Além das práticas instrumentais, analisamos as letras e as estruturas das músicas e ensaiamos a movimentação de palco. No decorrer do processo, notou-se desconcentração, dificuldade na compreensão da rítmica no instrumento, dificuldade de manter o pulso e vergonha de exposição num palco. Para resolver essas questões com poucos ensaios semanais, mostrei empatia com os problemas do cotidiano, caso alguém estivesse desconfortável, abrindo alguns espaços para diálogo. Usei a lousa para explicações teóricas, a divisão silábica de palavras e o toque delicado da rítmica do instrumento no ombro dos alunos surdos; ensaiamos sentir a relação entre a pulsação e o andar, com e sem intervenção instrumental, e fizemos exercícios de respiração para acalmar e concentrar ao ensaiar no palco. Certamente, houveram momentos mais proveitosos que outros, todavia, buscava-se aperfeiçoar a execução das atividades. Escutar o feedback dos alunos era muito importante. Por exemplo, eles achavam engraçado e gostavam das expressões faciais da docente ao tentar exemplificar os exercícios rítmicos e a presença de palco. Isso mostrou que a interação com surdos e ouvintes atribuía leveza e extroversão às aulas. Durante essa experiência, procuramos aproximar as práticas percussivas da formação humana dos alunos, estimulando um desenvolvimento social na busca por um ser crítico, além de desenvolver ações pedagógicas que permitissem interação entre o discurso musical dos alunos e o repertório utilizado no projeto, aproximando os dois universos e respeitando as vivências musicais de cada indivíduo. Portanto, conseguimos despertar o interesse dos alunos tanto para o estudo de percussão quanto para a possibilidade de conviver bem com a diferença, gerando facilidade na compreensão do conteúdo, impulsionando a curiosidade e o acesso à saberes desconhecidos. Palavras-chave: ensino de percussão, surdos, ouvintes. Referências GIL, Anto?nio Carlos. Me?todos e te?cnicas de pesquisa social. Sa?o Paulo: Editora Atlas, 2008. NICODELLI, Vinícius. Educação e surdez: a inclusão na aula de música. In: ANAIS DO XVII ENCONTRO REGIONAL SUL DA ABEM. Curitiba, 2016. PAIVA, Rodrigo Gudin. Grupo de percussa?o e aprendizagem musical: um estudo multicaso no contexto de dois grupos brasileiros. 2015. 201f. Tese. (Doutorado em Mu?sica). Programa de Po?s-Graduac?a?o em Mu?sica. Universidade Estadual de Campinas, Campinas (SP), 2015. SANTOS, Catherine Furtado dos. Saberes percussivos nas escolas públicas da cidade de Fortaleza. 2017. 110f. - Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza"
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

PRÁTICAS PERCUSSIVAS EM ESCOLA PÚBLICA: UMA VIVÊNCIA DOCENTE DE INTEGRAÇÃO DE ALUNOS SURDOS E OUVINTES Giuliana Luiza Liye Odo/rditbpitw@gmail.com/UFC Prof. Dr. Jáderson Aguiar Teixeira/UFC Prof. Dr. Filipe Ximenes Parente/UFC Prof. Esp. Rubens Tadeu Passos Carneiro/IFCE Eixo Temático: Educação, diversidade e Inclusão social - com ênfase na relação entre educação, as culturas populares e movimentos sociais. Resumo Este trabalho tem como objetivo relatar e refletir sobre minhas experiências com o ensino de percussão para surdos e ouvintes, no sentido de contribuir para uma formação humana que possibilite a inclusão de indivíduos. Tais experiências ocorreram durante o curso de Licenciatura em Música na Universidade Federal do Ceará, no ano de 2017, no qual tive a oportunidade de desenvolver um trabalho com oficinas de percussão como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Adotamos o método observacional (GIL, 2008), amplamente utilizado nas ciências sociais para favorecer uma melhor reflexão sobre fatos transcritos. Nessa perspectiva, realizamos uma pesquisa bibliográfica (GIL, 2008) para ajudar a amparar a discussão em pauta e favorecer futuras práticas de ensino de percussão. Ademais, foi feito um breve estudo de caso (GIL, 2008) para descrever e refletir sobre como conseguir lidar com o ensino simultâneo para surdos e ouvintes. O referencial teórico que reunimos para fundamentar as reflexões acerca da educação musical de surdos e ouvintes aborda autores que mostram a viabilidade do ensino de percussão na escola e discutem a inclusão de deficientes auditivos nesse processo de aprendizagem. Paiva (2015) identifica processos de criação coletiva, tomada de decisões e resolução de problemas em dois grupos de percussão. Santos (2017) analisa saberes percussivos produzidos por grupos de escolas públicas de Fortaleza, preocupando-se com a dimensão da formação humana dos estudantes. Silva (2008) propõe atividades musicais elaboradas para alunos surdos. Nicodelli (2016) discorre sobre a necessidade de formação específica do professor de música da educação básica, para que aprenda a lidar com o ensino de surdos e ouvintes simultaneamente. A descrição e análise começa a partir do dia em que fui à escola convidar as turmas de ensino médio para participar das atividades que aconteceriam duas vezes por semana. Ao longo do semestre trabalhamos com os instrumentos musicais percussivos convencionais disponíveis na escola tais como: ganzá, agogô, pandeiro e zabumba. Com o início das atividades, surge o primeiro problema: logo depois das aulas os instrumentos eram trancados no armário, não havendo outras oportunidades para os alunos estudarem fora do período das aulas. Desta maneira consideramos necessário redimensionar a logística para potencializar a oportunidade de aprendizado. Então, decidimos desenvolver paralelamente um trabalho alternativo com copos de plástico, em que todos poderiam levar e praticar em casa. Para formarmos um grupo de percussão coeso, é necessário mais do que a participação semanal, mas o estudo individual, além do ensaio coletivo. Entrementes, foi nos questionado pela coordenação sobre a viabilidade da participação de estudantes surdos que estavam interessados no projeto. Prontamente, confirmei que todos os interessados poderiam comparecer às aulas. A questão imperativa se formava: como fazer? Em todas as aulas, os estudantes surdos contavam com a ajuda de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) que trabalhavam na escola e isso facilitou muito o diálogo entre os integrantes do grupo de percussão. 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