FORMAÇÃO DE CIDADÃOS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: SOBRE A ATUAÇÃO DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA
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Resumo A educação no decorrer dos anos passou por diversas transformações. Esse processo ocorre à medida que a sociedade evolui. Logo, compete ao professor acompanhar tais mudanças no sentido de estruturar melhorias para o ensino, deve-se analisar a conjuntura social vivida e as diversas manifestações que ocorrem na sociedade. O processo de ensinar exige flexibilidade e inovação. E não se pode considerar um processo fácil mesmo com anos de experiência sempre há algo que se possa aprender. Considerando a historicidade, podemos analisar o ensino da ciência geográfica como uma evolução na sociedade, fundamental para formação do cidadão, haja vista, que abrange o espaço geográfico e tudo o que nele se insere. Ensinar geografia na contemporaneidade demanda preparação do profissional para a realidade que é vivenciada nas escolas, lidar com diferentes pensamentos e conseguir uma interação dos indivíduos não constituem uma tarefa fácil, é necessário reinventar-se a cada dia, e utilizar métodos inovadores, de modo a atingir toda a comunidade escolar. Para que isso ocorra à escola e os professores devem trabalhar em conjunto com a sociedade, e o aluno deve ter consciência dos seus direitos e deveres como cidadãos e começar a entender as diferenças no âmbito social, "um professor de Geografia ensina quando ajuda o seu aluno a aprender e, portanto, a se transformar, e também quando permite que seus alunos transformem informação em conhecimento" (SELBACH, 2010, p. 41). O presente trabalho tem como objetivo enfatizar os problemas enfrentados pelos professores na formação de cidadãos críticos na sociedade. Nessa via, realizaram-se os seguintes procedimentos metodológicos: análise bibliográfica em artigos científicos, dissertações e sites que tratam sobre o tema proposto neste trabalho. Formar indivíduos críticos no meio social que se inserem é um dos desafios para os professores de geografia. O modelo de ensino adotado atualmente não deseja desenvolver cidadãos questionadores. Esse problema atinge a sociedade à medida que não se discutem temas relevantes como inclusão social, tolerância, respeito e cidadania. Nessa perspectiva, "cidadania está ligada à participação da vida coletiva incluindo reivindicações de inclusão social, de respeito à diversidade e de direitos mais amplos para melhores condições de vida e de sobrevivência." ( CAVALCANTI e SOUSA, 2014, p.5). Vivemos em uma sociedade em que as relações se tornaram banais, dentre elas o respeito ao próximo e o direito de cada cidadão. Existe uma necessidade evidente de discutir temas que valorizem a humanidade. Para Abicail (2002), "é essencial refletir sobre a diversidade dos alunos que compõem as salas de aulas das escolas: diferentes culturas, diferentes valores, conhecimentos, interesses, etnias, religiões, orientação sexual, idades, enfim, diversidade de ser e agir, de viver e existir compartilhando o mesmo espaço. É fundamental na atual conjuntura social que a cidadania seja debatida na escola para alertar sobre direitos e deveres de cada um, deve-se ensinar as diferenças como algo normal, aceitar a cultura, religião, condição social, orientação sexual do outro, como primeiros passos para construir uma sociedade melhor, e isso só será possível se escola, sociedade e família trabalharem unidos. Segundo CAVALCANTI (2012) "a escola é, nessa linha de entendimento, um lugar de encontro de culturas, de saberes, de saberes científico e de saberes cotidianos, ainda que o seu trabalho tenha como referência básica os saberes científicos". A escola lida com culturas, seja no interior da sala de aula, seja nos demais espaços escolares, e a geografia escolar é uma das mediações pelas quais o encontro e o confronto entre culturas acontecem". É profícuo ficar claro que o processo de ensino/aprendizagem só ocorre se houver uma interação entre professor e aluno, a relação deve ser horizontal, já que a imposição de regras gera conflitos diretos com aqueles que se opõem as elas, assim como é oportuno ficar claro que as ações praticadas de forma irresponsável terão consequências e essas devem levar a uma reflexão do individual ao coletivo. Trabalhar com os alunos além do espaço escolar através das aulas de campo é uma maneira de fazer com que eles visualizem as múltiplas realidades e criem suas próprias concepções acerca das necessidades do outro, é fundamental para a construção do pensamento crítico que tenha esse encontro com as diferentes configurações sociais. Palavras-chave: Ensino, Sociedade, Cidadão, Geografia Referências ABICAIL, Carlos Augusto. Direitos humanos e cidadania: a educação como campo de conflito. Revista Brasileira de Educação, n.19, p.138-172, jan/abr 2002. CAVALCANTI, Lana de Souza. O ensino de geografia na escola. A "GEOGRAFIA DO ALUNO" COMO REFERÊNCIA DO CONHECIMENTO GEOGRÁFICO CONSTRUÍDO EM SALA DE AULA Campinas, SP: Papirus, 2012. CAVALCANTI, Lana de Souza. SOUZA, Vanilton Camilo. A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA PARA ATUAR NA EDUCAÇÃO CIDADÃ.> Disponível em: www.ub.edu/geocrit/coloquio2014/Lana%20de%20Souza.pdf>Acesso em: 14.Outubro.2018. SELBACH, S. (Org.) Geografia e didática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010. 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