IFA, Sã‰Rgio. Espaços formativos da formação inicial de professores de inglês: praxicum. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/52126>. Acesso em: 23/11/2024 00:52
ESPAÇOS FORMATIVOS DA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE INGLÊS: PRAXICUM, PROBLEMATIZAÇÕES E RECONSTRUÇÕES Sérgio Ifa/sergio@fale.ufal.br/UFAL Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores Resumo A formação inicial de professores deve ser uma preocupação constante de nós professores- pesquisadores-formadores para que a separação entre teorias e práticas possa ser problematizada e a articulação possa ser promovida por meio de constante e contínuo diálogo bidirecional. É com esse foco que a presente comunicação objetiva: descrever e interpretar de que forma os professores em formação inicial (PFI) que participam das ações de vários espaços formativos oferecidos na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - o Programa Idiomas sem Fronteiras, a Residência Pedagógica e os Estágios Supervisionados de Língua Inglesa compreendem e (re) constroem o caminhar na docência. Os aportes teóricos ligam áreas ou assuntos que dialogam, tais como: perspectiva do letramento crítico (JANKS, 2010, 2014; MCLAUGHLIN e DEVOOGD, 2014; MENEZES DE SOUZA, 2011); de formação crítico-reflexiva (IFA, 2006, 2014, 2015), conceito de ecologia dos saberes (SOUSA SANTOS, 2009), da visão de decolonialidade (CASTRO-GOMEZ, 2007, MIGNOLO, 2008; QUIJANO, 2007); de conceito sobre neoliberalismo (BROWN 2015; DARDOT e LAVAL, 2013; ZACCHI, 2016), de cidadania (ANDREOTTI, 2006) e de justiça social (DOBSON, 2006). A pesquisa desenvolvida é uma pesquisa hermenêutico-fenomenológica (VAN MANEN, 1990; IFA, 2015). Os instrumentos de coleta de dados foram o questionário inicial, as anotações de campo, as entrevistas, as observações de aulas, os relatórios e as socializações produzidas pelos professores em formação inicial dos 3 projetos. Os resultados revelam que, após interpretação dos dados, os temas estruturantes do experiência vivida são: reconhecimento, conscientização, introspecção. Os temas se ramificam apresentando subtemas tais como: reconhecimento da aprendizagem, busca por reconhecimento, introspecção sobre práxis/practicum/praxicum (PENNYCOOK, 2004). Entrecruzar teoria e prática provoca necessariamente questionamentos: Que aspectos sócio-políticos da formação são explicitados? Quem se beneficia com a formação crítico-reflexiva? Há excluídos nessa formação? Qual é a contribuição da formação para os professores de línguas estrangeiras/adicionais? Como os professores em formação de inglês se vêem e são vistos nesse processo? Essas e outras questões serão apresentadas e discutidas para estimular e incitar reflexões, revisões, ressignificações sobre as escolhas que fazemos em relação à formação inicial de professores. As reflexões são necessárias porque desvelam as escolhas políticas feitas ou a fazer, demonstrando, portanto, a importância do caráter político de todas as fases da formação. Palavras-chave: formação de professores de inglês, neoliberalismo, letramento crítico Referências ANDREOTTI, Vanessa. 'Soft versus critical global citizenship education', policy & practice: A Development Education Review. v. 3, Autumn, p. 40-51, 2006. BROWN, Wendy. Undoing the demos: neoliberalism's stealth revolution. ZONE BOOKS, isbn 978-1-935408-53-6, 2015. CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón (eds.) Prólogo. Giro decolonial, teoria crítica y pensamiento heterárquico. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón (eds.). El Giro Decolonial: reflexiones para uma diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo Del Hombre Editores, 2007, p. 9-24. DARDOT, P.; LAVAL, C. The new way of the world: on neoliberal society. Trans. Gregory Elliott. London/New York: Verso, 2013. DOBSON, A. Thick Cosmopolitanism. Political Studies: 2006 VOL 54, 165-184 © 2006 IFA, Sérgio. 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