LEAL, Gustavo. Diversidade. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/52064>. Acesso em: 19/11/2024 14:08
Diversidade, Currículo Diferenciado e Integração nas Práticas Educacionais Ana Paula Silva Santos/anap03251@gmail.com Bolsista PIBID-Geografia/UFBA Caroline Gomes da Silva Barbosa/carollinegomesela3@gmail.com Bolsista PIBID-Geografia/UFBA Bolsista PIBID-Geografia/UFBA Danilo Lisboa O. Souza/dlos94@live.com Bolsista PIBID-Geografia/UFBA Gustavo Dourado Leal/lealdgus@gmail.com Celma Pereira Passos/cppassosgeografia@gmail.com Supervisora PIBID-Geografia/Colégio Estadual Gov. Lomanto Jr. Noeli Pertile/npertile@ufba.br Coordenadora PIBID-Geografia/IGEO/UFBA Eixo Temático: Educação, diversidade e Inclusão social - com ênfase na relação entre educação, as culturas populares e movimentos sociais. RESUMO O debate acerca dos Direitos Humanos está no centro das problemáticas contemporâneas, dado que a intolerância e o preconceito ainda se mostram operantes e fortes perante a sociedade. Assim, salientar esta questão é de extrema importância para o desenvolvimento de uma prática docente que contribua nos meios institucionais para uma formação não apenas conteudista, mas construtora de ética e cidadania. Neste sentido, o espaço escolar deve ser âmbito da inserção e propagação de práxis curriculares inclusivas, em que o respeito às diversidades seja central nas discussões pautadas nesse contexto. Diante do pressuposto, estudantes de licenciatura do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (IGEO/UFBA), por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES, têm desenvolvido propostas e ações pedagógicas que incluam uma maior ludicidade e fomento à capacidade senso-crítica com alunos do Ensino Fundamental II do Colégio Estadual Governador Lomanto Junior, localizado no bairro de Itapuã em Salvador-BA. O PIBID tem como objetivo primordial a introdução dos licenciandos na conjuntura educacional para, por exemplo, a potencialização de trabalhos mais dinâmicos e fluidos. Com isso, busca captar de maneira mais consistente o interesse do alunado para minimizar as possibilidades de evasão escolar. Para tanto, foram pensadas atividades como jogos de aprendizagem, elaboração de painéis e maquetes, produção de livretos e cartilhas, bem como a formação de grupos de danças e de intervenções poéticas ligados aos conteúdos da disciplina de Geografia e da própria realidade socioespacial em que os alunos vivem. Servindo-se destas estruturas basilares e norteadoras, os trabalhos desempenhados pelos licenciandos tiveram como temática as culturas populares e os movimentos sociais do próprio lugar em que o colégio se encontra, tendo como escala de análise o bairro de Itapuã. Serão abordadas temáticas culturais como o grupo de mulheres "As Ganhadeiras", o "Malê Debalê", a Festa da Baleia, as Colônias de Pescadores, a notória Lavagem de Itapuã, as diversas manifestações na Casa da Música, entre outros. Busca-se introduzir a discussão sobre a totalidade na análise do espaço, conforme aponta Milton Santos (1996). Aproximando os alunos da forma em que os grupos minoritários produzem tal espaço como sinônimo de resistência. O enfoque pedagógico é despertar uma consciência geral de que a Geografia é uma disciplina que não está distante do nosso dia a dia como, por vezes, pode parecer ao observar os conteúdos que tratam de realidades distantes daquelas vivenciadas pelos alunos, sem uma abordagem adequada. Nesta perspectiva, as oportunidades de redução do fracasso escolar (baixo rendimento, repetência, evasão, entre outras questões) tornam-se mais críveis e factíveis para a educação, além de proporcionar aos estudantes uma visão ampla de possibilidades que lhes serão expostas diante dos novos métodos de aprendizagem. Nestes prima-se por uma maior aproximação entre alunos e a sociedade, abrindo novos leques do conhecimento que são fundamentais para a formação educacional dos discentes. Em vista deste fator, a junção das características inerentes a grupos culturais e a comunidade escolar promove a identificação e reconhecimento dos estudantes como parte integrante da sociedade, condicionante fundamental para o resgate da escola como instituição socialmente ativa e participativa frente às manifestações populares do lugar onde está inserida. Logo, a proposição da temática posta em prática pelos trabalhos construídos pelo PIBID-Geografia/UFBA constitui-se como uma busca de aproximação entre a teoria e a prática, bem como resulta em um processo de reflexão para professores, licenciandos e integrantes da comunidade escolar em geral pensarem novos métodos educacionais; levando sempre em consideração que estes permeiem a sociedade contemporânea no que concerne à pluralidade humana a partir de uma visão dotada de criticidade em que formem alunos mais politizados diante dos meios sociais aos quais habitam e participantes promissores de transformações sociais acerca destes espaços. A reformulação da didática e práxis pedagógica por meio do PIBID com uma interação mais consolidada entre a educação e as realidades geográficas e históricas próximas aos alunos visa ultrapassar as barreiras que constituem o processo educacional e identificar novos cenários de apreensão dos conhecimentos, valendo-se como causa da compreensão de que, acima de tudo, somos cidadãos ativos e participativos das implementações e paradigmas a serem superados a fim de promover diferentes diálogos. Palavras-chave: Geografia Cultural; Método de aprendizagem; Movimentos Sociais; Manifestações Populares; Currículo Diferenciado. Referências: SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.