Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

DESAFIOS DA PRÁTICA: A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES NA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS DA UFAL

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Este cenário nos permite perceber que as licenciaturas estão imersas em variadas problemáticas: o impasse teoria e prática, as regulamentações e as dinâmicas dos sistemas públicos de ensino da educação básica nos níveis municipais e estaduais. E estas são apenas uma parte dos desafios mencionados por diversos autores que pesquisam na área (Gatti, Barretto & André, 2011; Diniz-Pereira, 2011; Libâneo, 2010; Freitas, 2007). Saviani (2009, p.147), sistematizou modelos formativos, dividindo-os em dois principais: a) modelo dos conteúdos culturais-cognitivos: se esgota na cultura geral e no domínio específico dos conteúdos da área de conhecimento; e b) modelo didático-pedagógico: se efetiva por meio do preparo pedagógico. Como o autor salienta manter estes dois modelos como indissociáveis é um dilema constante . A partir desse contexto, os cursos de licenciaturas estruturam seu currículo de acordo com suas próprias realidades, já que há por um lado, uma certa autonomia na execução do currículo específico de formação, e por outro, um direcionamento rigoroso pelo Estado de outros componentes para a formação do futuro docente. Esta pesquisa busca problematizar algumas ações implementadas pelo colegiado do curso de Ciências Sociais - Licenciatura, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que em 2018 executou algumas reformulações pedagógicas no seu Projeto Político Pedagógico, não apenas com o objetivo de se adequar às novas legislações, como também para sanar alguns problemas identificados como presentes no projeto pedagógico anterior. O foco será dado às três das principais mudanças: 1-diz respeito à efetividade dos estágios, 2-a curricularização da extensão e 3-os componentes das práticas curriculares. No que toca aos estágios, que se apresentam com o objetivo de proporcionar aos estudantes, a partir de teorizações sobre a educação e sobre a escola, uma junção das teorias com a realidade, no intuito de preparar os futuros profissionais da educação para os desafios das escolas públicas do Brasil no próprio ambiente de práxis, buscamos trazer uma discussão a partir da análise de relatórios de estágios obrigatórios, investigando a contribuição deste componente para a formação inicial de professores. Sobre a curricularização da extensão, apresentamos um panorama sobre a resolução 04/2018 da UFAL, em que há uma regulamentação de pelo menos 10% do total da carga horária total de cada curso em programas e projetos de atividades extensionistas. Já no que diz respeito aos componentes de prática curricular obrigatória (que atendem a Resolução CNE/CP nº 2/2015, do Ministério da Educação), serão apresentadas as questões que envolveram o processo que desencadeou numa mudança na forma de executá-los, extinguindo o que no Projeto Político Pedagógico anterior (2013) chamava-se de Projetos Integradores, e que, com a mudança, passou a se chamar Saberes e Práticas em Ensino de Ciências Sociais. Dado este panorama, o objetivo deste relato de experiência foi sinalizar os principais percalços encontrados pelo colegiado do curso de licenciatura em Ciências Sociais da UFAL para atender às mudanças do seu Projeto Político Pedagógico no que diz respeito à adequação da legislação que trata dos cursos de formação de professores, sinalizando os desafios observados na prática docente, em um cenário de desvalorização do trabalho dos professores. Palavras-chave: Formação docente, Estágios, Práticas Curriculares, Extensão. Referências: BRASIL. RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, aprovado em 01 de julho de 2015.Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Acesso em abril de 2018. UFAL. Resolução nº 06/2018 CONSUNI/UFAL, aprovado em 19 de fevereiro de 2018. Define os componentes curriculares comuns aos cursos de graduação de formação de professores para a educação básica, no âmbito da UFAL. Acesso em abril de 2018. BRASIL. Resolução nº 04/2018 CONSUNI/UFAL, aprovado em 19 de fevereiro de 2018.Regulamenta as ações de extensão como componente curricular obrigatório nos Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação da UFAL. Acesso em abril de 2018. DINIZ-PEREIRA, J. E. "O Ovo ou a Galinha: a Crise da Profissão Docente e a Aparente Falta de Perspectiva para a Educação Brasileira", in Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 92, nº 230. Brasília, jan.-abr./2011, pp. 34-51. FORMOSINHO, João; NIZA, Sérgio. Iniciação à prática profissional nos cursos de formação inicial de professores. In:______. Formação de Professores: Aprendizagem profissional e acção docente. Porto - Portugal: Porto Editora, 2009. cap V, p. 119-139. FREITAS, H. C. L. "A (Nova) Política de Formação de Professores: a Prioridade Postergada", in Educação & Sociedade, v. 28, nº100, Especial. Campinas, out./2007, pp. 1. 203-30. GATTI, B. A; BARRETTO, E. S. de S.; ANDRÉ, M. E. D. A. Políticas Docentes no Brasil: um Estado da Arte. Brasília, Unesco, 2011. GATTI, B. A formação inicial de professores para a educação básica: as licenciaturas. Revista USP, n. 100, p. 33-46, 18 fev. 2014."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

DESAFIOS DA PRÁTICA: A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES NA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS DA UFAL Túlio Ismael Souza de Araújo / tulio.souzadearaujo@gmail.com / Universidade Federal de Alagoas Jordânia de Araújo Souza / Universidade Federal de Alagoas Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas. Resumo A formação docente tem sido alvo de debates permanentes, já que é atravessada por vários dilemas educacionais (SAVIANI, 2009). Por ser uma formação para a contemporaneidade, sempre deverá estar sujeita a aprimoramentos e adequações às diversas realidades formativas. Tais demandas, surgem e se concretizam com as legislações externas, vindas do Ministério da Educação, e as internas, das próprias Universidades e centros de educação. Este cenário nos permite perceber que as licenciaturas estão imersas em variadas problemáticas: o impasse teoria e prática, as regulamentações e as dinâmicas dos sistemas públicos de ensino da educação básica nos níveis municipais e estaduais. E estas são apenas uma parte dos desafios mencionados por diversos autores que pesquisam na área (Gatti, Barretto & André, 2011; Diniz-Pereira, 2011; Libâneo, 2010; Freitas, 2007). Saviani (2009, p.147), sistematizou modelos formativos, dividindo-os em dois principais: a) modelo dos conteúdos culturais-cognitivos: se esgota na cultura geral e no domínio específico dos conteúdos da área de conhecimento; e b) modelo didático-pedagógico: se efetiva por meio do preparo pedagógico. Como o autor salienta manter estes dois modelos como indissociáveis é um dilema constante . A partir desse contexto, os cursos de licenciaturas estruturam seu currículo de acordo com suas próprias realidades, já que há por um lado, uma certa autonomia na execução do currículo específico de formação, e por outro, um direcionamento rigoroso pelo Estado de outros componentes para a formação do futuro docente. Esta pesquisa busca problematizar algumas ações implementadas pelo colegiado do curso de Ciências Sociais - Licenciatura, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que em 2018 executou algumas reformulações pedagógicas no seu Projeto Político Pedagógico, não apenas com o objetivo de se adequar às novas legislações, como também para sanar alguns problemas identificados como presentes no projeto pedagógico anterior. O foco será dado às três das principais mudanças: 1-diz respeito à efetividade dos estágios, 2-a curricularização da extensão e 3-os componentes das práticas curriculares. No que toca aos estágios, que se apresentam com o objetivo de proporcionar aos estudantes, a partir de teorizações sobre a educação e sobre a escola, uma junção das teorias com a realidade, no intuito de preparar os futuros profissionais da educação para os desafios das escolas públicas do Brasil no próprio ambiente de práxis, buscamos trazer uma discussão a partir da análise de relatórios de estágios obrigatórios, investigando a contribuição deste componente para a formação inicial de professores. Sobre a curricularização da extensão, apresentamos um panorama sobre a resolução 04/2018 da UFAL, em que há uma regulamentação de pelo menos 10% do total da carga horária total de cada curso em programas e projetos de atividades extensionistas. 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