RODRIGUES, Samuel Campos. Carimba cartográfico. Anais VII ENALIC... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/51964>. Acesso em: 19/11/2024 12:35
CARIMBA CARTOGRÁFICO: O uso da interdisciplinaridade no aprendizado do fuso horário Samuel Campos Rodrigues. Email: Campos.Rodrigues@aluno.uece.br Instituição: Universidade Estadual do Ceara-UECE Rosângela Ávila Ribeiro Tomás. Instituição: Universidade Estadual do Ceara-UECE Mateus Beserra Gomes Instituição: Universidade Estadual do Ceara-UECE Paulo Gabriel Lessa Mendonça Instituição: Universidade Estadual do Ceara-UECE Prof. Dr. Sulivan Pereira Dantas: Universidade Federal do Ceara-UFC Eixo temático:Processos de Ensino e aprendizagem com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior- CAPES Resumo O PIBID Geografia UECE atuante no ensino fundamental II, na instituição de ensino Escola Municipal Odilon Gonzaga Braveza, localizada na cidade de Fortaleza/CE, vem desenvolvendo projetos com auxílio da interdisciplinaridade. O objetivo é favorecer o processo de ensino e aprendizagem da Geografia através de metodologias alternativas e atividades lúdicas. A atividade em contexto se atenta à parte cartográfica da disciplina proporcionando melhor aprendizado aos alunos. A atividade foi desenvolvida no subprojeto intervalo Geointerativo, que consiste em atividades relacionando a Geografia com diversos elementos adicionais executados durante o intervalo entre as aulas. É compreendida a ideia de fuso horário através do carimba cartográfico, esta atividade é realizada utilizando à quadra da escola onde o ambiente esportivo é separado em dois lados, time do leste e do oeste, por uma linha desenhada na metade da quadra representando Meridiano de Greenwich de modo familiar a projeção cartográfica cilíndrica, e dessa forma são colocadas linhas em ambos os lados enumeradas em graus e fusos horários conforme se distanciam do Meridiano de Greenwich. Os pontos são somados para cada equipe a partir do grau em que foi atingido seu adversário, assim vence a equipe com maior pontuação, seguindo os princípios básicos da brincadeira, que tradicionalmente consiste em dois times separados por uma linha, onde o objetivo é atingir o adversário com uma bola podendo o adversário esquivar-se e defender-se de diferentes formas, no entanto a contagem de pontos é de acordo com os graus desenhados no chão da quadra, que define o vencedor. Diferentemente da brincadeira tradicional, onde o objetivo é atingir todos os membros do time adversário até não sobrar nenhum membro remanescente. A ideia surgiu de uma junção de uma atividade lúdica com conteúdos estudados no atual momento pelos alunos e abordagens características do conteúdo (cartografia e fuso horário). A atividade é trabalhada em função do déficit apresentado pelos alunos nos conteúdos abordados em questão. O subprojeto teve uma aprovação instantânea dos alunos e gestão da escola levando em conta ser uma atividade inovadora partindo do desafio de nunca ter sido abordada antes e das atuais condições da escola por proporcionar um intervalo diferente aos alunos mudando o foco dos mesmos de brincadeiras de cunho violento ou com chances de acidentes trazendo para uma atividade educativa. Observou-se nas primeiras aplicações da atividade que os alunos reagiram de uma maneira positiva estimulando o aprendizado de uma forma lúdica e descontraída tendo reflexo direto nos processos avaliativos e posteriormente contribuirão para o melhor entendimento de conceitos geográficos utilizando uma metodologia favorável a cultura dos educandos, pois seguindo a linha de pensamento da Cavalcanti, as metodologias precisam ser pensadas de acordo com a cultura dos estudantes. Os alunos entenderam que brincando é possível aprender determinados assuntos tidos como difíceis, que a abordagem é um fator diferenciado que possibilita uma facilidade no aprendizado de Geografia. Por fim, a atividade tem como base um jogo popularmente conhecido como carimba ou queimada que remete a realidade dos alunos ou como é colocado por Kimura em sua obra, deve se considerar o espaço de vida dos educandos, pois a escola não esta isolada do contexto na qual ela se encontra. E referindo-se a atividade que ocorre em uma representação de uma projeção cartográfica instigando o entendimento dos conceitos base de cartografia e os conceitos de fuso horário estimulando a competitividade dos alunos e um entendimento de determinados assuntos tidos como complexos misturando o esforço mental com o esforço físico de maneira conjunta. Portanto, proporcionando o entendimento e a diversão como um facilitador do aprendizado e apresentado como uma proposta de inovação no processo instrutivo na educação básica, se mostrando bem aceito pelos alunos e pelos construtores da metodologia e revelando-se algo prazeroso para ambos os lados trazendo novas perspectivas sobre a educação para alunos e professores. A metodologia ajuda a construir um perfil educacional para a escola agregando valores aos profissionais formados e em formação por conta do exercício da criatividade e para os alunos por deixar o processo de aprendizagem mais próximo das suas realidades construindo um ambiente escolar mais agradável e trazendo uma nova visão a cerca da geografia e a docência. A importância do carimba cartográfico como atividade alternativa é sem duvida inegável, pois possibilitam inúmeros processos de tal maneira ainda não muito explorados, o âmbito da interdisciplinaridade no meio educacional brasileiro ainda é pouco aproveitado em vista de seus impactos produtivos e educativos. O objetivo dessa metodologia é educar e ensinar por meio de atividades culturalmente conhecidas e bem aceitas pelas crianças da atual geração e abrir novos horizontes criativos para a construção ou a readaptação de atividades lúdicas deixadas de lado por conta do atual modelo educacional imposto nas escolas de ensino básico onde o processo de aprendizado este estritamente limitado a uma sala de aula, onde o docente repassa conteúdos que muitas vezes é de uma complexidade notável, de forma mecânica e monótona. Por fim, a importância dessa atividade é facilitar o processo de aprendizagem da Geografia no Ensino Básico de maneira recreativa e lúdica fugindo da normalidade e tornando a educação mais significativa e próxima a realidade dos alunos, além de estimular docente a criação de novas metodologias envolvendo a interdisciplinaridade em áreas onde é notada à dificuldade, inovando o processo de educação. Palavras-chave: Interdisciplinaridade, metodologias, aprendizado, Geografia. Referências: CAVALCANTI, Lana de Souza. 2012. O ensino da Geografia na escola. Campinas, Sp. Papirus. SHOKO, kimura. 2010.Geografia no ensino básico: questões e proposta. 2° Ed: São Paulo.