A sociedade moderna fez nascer um novo estilo de vida, que acabou por gerar uma sociedade hiperconsumista, principalmente com a globalização, pois quanto maior e mais integrada a sociedade, mais produtos ela consome (Ruscheinsky,2010). A implementação desse estilo de vida, voltada para o consumo, direciona a satisfação pessoal apenas para a compra de bens, gerando uma “espécie de felicidade inalcançável” (Karnal, 2016), onde o ato de consumir está intrinsecamente ligado a “felicidade”, e quanto mais se consome maior a necessidade de consumir para alcançar a almejada “felicidade”. Este trabalho foi pautado sob a perspectiva de retratar as relações entre consumismo e meio ambiente. Levando em conta que desde a Revolução Industrial do século de XVIII a produção de bens e a possibilidade de adquirir produtos cresce, buscou-se identificar como o consumismo afeta o meio ambiente e a sociedade como um todo e como isso é visto diante do Direito Ambiental. O trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas em sites e livros sobre o assunto, esta busca foi exploratória e descritiva, direcionada a adultos e aos jovens (faixa etária entre 18 e 30 anos), a partir de questionários online, para avaliação do tipo de consumo e seu impacto urbano: ambiental, social, econômico. Em seguida, os questionários tiveram suas respostas avaliadas, e, a partir destes, foram confeccionados gráficos em pizza, barras e colunas para melhor visualização das respostas que forneceram uma amostragem representativa sobre o objeto de estudo. Destes, apesar de aproximadamente 37% dos voluntários afirmar consumir apenas o necessário, quase 38% responderam que se tivessem maior poder de compra assim o fariam, entretanto em questões como o descarte final correto e processo de produção menos da metade dos entrevistados se preocupa ou sabe como isto acontece; 66,3% responderam apenas consumir sem se preocupar com os impactos ambientais gerados e 50,5% não sabem responder quais são estes impactos. A partir desse estudo, pôde-se obter as percepções de algumas pessoas sobre consumismo e meio ambiente, e, apesar de, a maioria não se considerar consumista necessariamente, menos da metade dos entrevistados adotou posições favoráveis a preservação de recursos naturais quanto ao consumo e descarte de bens, mesmo antes de adquiridos. O estudo foi bastante satisfatório do ponto de vista acadêmico, social, ambiental e estatístico, constatando-se que mesmo com uma maior preocupação ambiental da geração atual, sua conservação, por vezes, não age corretamente diante do consumismo desenfreado da sociedade na qual se vive. Concluiu-se ainda que este consumismo e seus impactos ambientais estão altamente ligados pelo incentivo cada vez maior de um consumo pela globalização, avanço das tecnologias eletrônicas e a necessidade de um aumento da conscientização e sensibilização através de campanhas, palestras e esclarecimento constante sobre excesso de consumismo, impactos ambientais e necessidade de ações que favoreçam à sustentabilidade à sociedade.