Os conflitos e a sustentabilidade em torno de um elemento de uso comum e de sobrevivência dos seres vivos precisa de mais atenção. O trabalho tem como objetivo retratar as questões no semiárido nordestino, relacionando os recursos hídricos no mundo a distribuição e manejo. O Brasil com uma das regiões mais ricas em mananciais hídricos no mundo está a sofrer com suas perdas de água, devido o manejo inadequado de seu uso, principalmente na região nordeste do país, no qual a disponibilidade hídrica é menor. No semiárido nordestino a situação se torna alarmante principalmente nos períodos secos e nas longas estiagens que acomete a região, as populações pobres e os animas são os que mais sofrem, ficam submetidas a uma restrição de quantidade e qualidade da água, que muitas vezes não chegam as suas casas. O uso discriminado desse líquido, a poluição, desigualdade, a falta de segurança hídrica só restringem e limitam grande parte da população ao acesso, no qual esse elemento acaba se transformando em mercadoria e levando a morte de milhares de pessoas, ou por doenças ou por sede. Medidas de manejo sustentável dos recursos hídricos, distribuição igualitária, acesso à água potável são abordagens urgentes para serem discutidos. Não se pode, mas tratar esse elemento como um bem finito, no qual sua fonte não irá secar, pelo contrário deve ser usado de forma racional abarcando as necessidades e prioridades de todos os seres vivos, mantendo um equilíbrio e um envolvimento sustentável. A política em torno da água não pode continuar priorizando a agricultura e a indústria, enquanto grande parte da população da terra tem acesso restrito e de má qualidade, principalmente nos países chamados em desenvolvimento. Esse elemento não pode se torna um bem privado, onde quem tem recursos financeiros tem acesso e que não têm simplesmente não usufrui.