A prática de educação em saúde se constitui como peça fundamental para a promoção de cuidados e adoção de medidas para a prevenção de doenças, bem como enfatizar as orientações de práticas saudáveis que devem ser dadas durante as consultas de pré-natal. Faz-se necessário avaliar a contribuição de ações educativas no processo de aprendizado e na promoção da saúde, bem como na ampliação de conhecimentos adquiridos. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar os motivos que levaram mulheres que participaram de um grupo de gestantes a não desenvolverem práticas consideradas adequadas durante o ciclo gravídico-puerperal. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle realizado no período de março a maio de 2016, junto a mulheres com pelo menos um filho vivo, participantes de um curso para gestantes ou que realizavam acompanhamento de puericultura em uma CPN. Do instrumento da pesquisa, foram captadas as variáveis de interesse para atender aos objetivos do presente estudo, cujos dados foram: os aspectos sociodemográficos e econômicos; via de parto; amamentação e revisão de parto. A escolha dessas variáveis se deu por conveniência, uma vez que estes dados foram apresentados por meio de perguntas subjetivas no formulário. Foram avaliadas 60 mulheres, sendo 30 para cada grupo composto na amostra, com uma média de idade de 25 anos, sendo a maioria não branca, com renda mensal menor que um salário mínimo, nove anos ou mais de estudo, casadas, com profissões remuneradas e sem vínculo empregatício. Os motivos para a escolha da via de parto variaram entre preferência pessoal e indicação cirúrgica, sendo a dilatação insuficiente o principal motivo em ambos os grupos. Quanto a realização da consulta de revisão de parto, a maioria relatou falta de conhecimento como principal motivo. Em relação aos motivos que levaram ao desmame precoce, o relato de leite insuficiente foi o principal referido por ambos os grupos. Percebe-se que os motivos por trás da não adesão às práticas saudáveis dizem respeito a questões, em sua maioria, evitáveis e que podem ser desconstruídas por meio da Educação em Saúde.